Foto: João Brandão |
Ainda de acordo com a nota "em 2016, em assembleia geral, onde houve participação maciça da categoria, inúmeras denúncias sobre os desmandos que ocorriam no âmbito da secretaria foram feitas, apontando-se para a sua finalidade política, sob os auspícios de Mauricio Telles Barbosa e seus asseclas, demonstrado através do controle de operações, antecipação de investigações, manipulação de dados obtidos no bojo de interceptação telefônica, conhecimento prévio de quebra de sigilo bancário e fiscal, bem como situações de vazamento desses conteúdos".
O Sindicato salienta que "o ex-secretário Mauricio Teles Barbosa montou o maior esquema de controle de dados sigilosos do Brasil para benefício próprio e do grupo político e empresarial que representa, não medindo esforços para afastar e transferir neste intento, delegados que não concordavam com suas práticas na empreitada criminosa".
A entidade também se manifestou sobre as consequências da Operação Faroeste no TJ-BA: "no mesmo sentir em relação ao TJBA, através da então presidente, Desembargadora Maria do Socorro Santiago, ora ré, presa e afastada de suas funções em processo no STJ, que, visando impedir as denúncias formuladas pelos delegados da Bahia, expediu ofício aos juízes criminais de todo estado afiançando a lisura do procedimento de interceptação telefônica e quebra de sigilo de dados, sob o controle político de Maurício Teles Barbosa".
A ADPEB afirma que "continuará em sua luta na defesa do estado Democrático e dos interesses da instituição policial civil, vilipendiada por essa organização criminosa. Comunicamos ainda a toda a sociedade da Bahia que lançaremos movimento estadual interno para o resgate da Polícia Judiciária da Bahia, visando mobilizar todos os delegados na defesa e transformação dessa instituição centenária que foi sendo enfraquecida e estrategicamente controlada pelo grupo criminoso. A polícia investigativa deve garantir à sociedade um órgão imparcial, controlável e transparente, que se curva aos ditames constitucionais na defesa de bens jurídicos relevantes".
Por fim, a ADPEB afirma que "pretende dialogar com governador Rui Costa sobre a necessidade de reformularmos administrativamente a Policia Civil da Bahia, resgatando seus valores democráticos, reestruturando o órgão, sua autonomia, transparência, controle interno e plano de investimentos. A Polícia Judiciária da Bahia sobreviverá e saberá expurgar, peremptoriamente, tudo aquilo e todos aqueles que de forma perniciosa atentarem contra seus princípios e valores éticos".
Fonte: BNews