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A pesquisa acompanhou 14,2 mil pessoas.
Segundo o endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Paulo Rosenbaum, a pandemia complica a situação de obesidade das pessoas, pelo confinamento e restrição de atividade física, além do aumento de ingestão alimentar.
“As incertezas do cenário atual também têm contribuído para o aparecimento de sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão, que podem piorar uma compulsão alimentar, por exemplo”, afirma o médico.
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Publicada na Revista de Saúde Pública, a pesquisa mostra também que o aumento de peso está associado a pessoas de escolaridade mais baixa.
Uma das possíveis razões apontadas é o menor acesso dessa população a produtos frescos, além de uma maior exposição à publicidade de alimentos pouco saudáveis.
Por outro lado, os autores sugerem que os indivíduos mais escolarizados tenham desenvolvido hábitos mais saudáveis, uma vez que têm à disposição um maior tempo para preparar suas refeições, ou possuem mais conhecimento sobre a importância da boa alimentação para a imunidade.
O estudo também indicou que, entre pessoas que já apresentavam sobrepeso antes da pandemia, há pouca diferença entre a proporção de pessoas que ganharam e perderam peso nesse período —22,7% e 21,4%, respectivamente.
A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo excesso de gordura corporal a níveis que prejudicam a saúde do indivíduo.
Em muitos casos, ela está associada a comorbidades como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Pacientes com obesidade apresentam mais risco de severidade ao contrair a covid-19. Isso ocorre porque esses indivíduos possuem uma alteração na imunidade, com maior predisposição para infecções.
Além disso, o tecido adiposo, que armazena gordura no corpo, pode atuar também como um reservatório para o vírus, uma vez que há uma maior expressão da enzima ECA2, que se liga com a proteína spike do Sars-Cov-2 e facilita a entrada do vírus na célula.
Fonte: Voz da Bahia