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A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) revela que existe um risco duas a três vezes maior de infarto em pessoas expostas à poluição do ar por emissões de motores à combustão. A Socesp, no entanto, não levou em consideração o desencadeamento de implicações causadas pelo coronavírus no organismo.
A fumaça de fogueira e dos fogos de artifício causam irritação nas vias aéreas e podem desencadear mecanismos biológicos que facilitam a infecção pelo vírus ou mesmo agravar o quadro de pacientes que já estejam infectados, por esses motivos a fogueira e os fogos devem ser evitados no período junino em meio à pandemia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a informação de que 91% da população do planeta vive em locais onde a qualidade do ar está abaixo do recomendado. Um estudo publicado na revista científica Science of the Total Environment mostra uma incidência maior de mortes por Covid-19 em regiões onde o índice de dióxido de nitrogênio é mais alto.
Especialista em saúde pública, Angelina Oliveira chama a atenção para o fato de que a poluição atmosférica pode provocar ou agravar enfermidades do trato respiratório, como doença pulmonar obstrutiva crônica, rinite, pneumonia, asma e câncer de pulmão e está associada a acidente vascular cerebral (AVC), Parkinson, Alzheimer e infarto.
“O mês de junho é um período mais propenso às doenças respiratórias devido ao tempo mais frio e ao aumento da umidade do ar, que faz com que as partículas em dispersão aérea fiquem mais tempo viáveis. Esse ambiente favorece a propagação do novo coronavírus”, explica Angelina.
Ainda quem esteja com um quadro leve de Covid-19 ou se recuperando da doença pode ficar vulnerável a uma complicação por causa dos efeitos da fumaça, já que o vírus atinge o sistema respiratório.
Fonte: Bahia.Ba