Mais de 30 mil brasileiros têm diagnóstico de câncer de pulmão por ano e também se aproxima de 30 mil o número de mortes anuais, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Tipo de tumor maligno que mais mata, está entre os líderes em incidência no país, com cerca de 13% dos registros de novos casos.
O Agosto Branco é dedicado à campanha de conscientização sobre o câncer de pulmão, que está intimamente ligado ao tabagismo e continua apresentando um grande desafio: o diagnóstico precoce.
Pela relação direta com o fumo, que também traz prejuízos para fumantes passivos, o câncer de pulmão está entre as maiores causas de mortes evitáveis no mundo.
O risco da doença aumenta de acordo com a quantidade do consumo e a duração, uma vez que o tabagismo causa exposição a uma mistura letal de mais de 4.700 substâncias químicas tóxicas, incluindo pelo menos 50 cancerígenas, segundo o Inca.
“Além de reforçar a importância do diagnóstico precoce, aproveitamos a campanha do Agosto Banco para reafirmar também a importância da prevenção primária, com a cessação do tabagismo, intimamente ligado à doença”, como diz a oncologista Aknar Calabrich, da Rede AMO.
Segundo pesquisa divulgada pela Fiocruz, num levantamento virtual, 34% dos fumantes brasileiros relataram terem aumentado o consumo de cigarro durante a pandemia.
A pneumologista Thamine Lessa acrescenta que o diagnóstico precoce possibilita um tratamento mais eficiente e aumenta as chances de cura, pois a intervenção se dá antes mesmo da manifestação de sintomas, o que, muitas vezes, só aparece em estágios avançados.
“Entre os principais sintomas sugestivos para o câncer de pulmão estão tosse e rouquidão persistentes por mais de duas a três semanas, dor torácica, falta de ar, eliminação de sangue pelo trato respiratório, perda de peso sem causa aparente, pneumonias de repetição e perda ou diminuição de força física”, enumera a pneumologista.
“Além do tabagismo, o que inclui a exposição passiva, também são fatores de risco para o câncer de pulmão a fibrose pulmonar, história de câncer de pulmão na família, história de alguns outros tipos de câncer e contato prolongado com agentes, como radônio, asbesto, sílica, etc.”, cita a oncologista Aknar Calabrich.
Fonte: Voz da Bahia