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O estudo publicado nesta quarta-feira, 22, na revista cientifica New England Journal of Medicine e revisado por pares, aponta que após duas doses com duas semanas para fazer efeito, a vacina da Pfizer foi 88% eficaz contra casos sintomáticos da delta.
O imunizante da AstraZeneca foi 67% eficaz.
A pesquisa também apontou que, com apenas uma dose, a vacina da Pfizer foi 36% eficaz contra os casos sintomáticos da variante identificada pela primeira vez na Índia, enquanto a vacina da AstraZeneca foi 30% eficaz. O resultado do estudo reforça a importância de completar o ciclo vacinal com as duas doses.
Os pesquisadores não estimaram a eficácia dos imunizantes para casos graves e mortes neste estudo, mas outras pesquisas — e dados hospitalares — sugerem que as vacinas contra a covid-19 ainda são extremamente eficazes para evitar óbitos e internações.
Dados de Israel estimaram uma menor eficácia da vacina da Pfizer contra doenças sintomáticas causadas pela delta, embora a proteção contra doenças graves continue alta.
A variante delta é a mais transmissível das linhagens já catalogadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não há dados que indiquem que ela provoque casos mais graves de covid-19.
Os números da linhagem no mundo mostram que menos pessoas evoluíram para quadros graves ou acabaram morrendo ao contrair a delta, mas tais dados se confundem com o fato de que ela surgiu, a princípio, em nações onde já havia grande parte da população vacinada.
É o caso, por exemplo, do Reino Unido.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre vigilância genômica do novo coronavírus, o Brasil já registrou mais de 110 casos da variante delta. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro admitem transmissão comunitária.
Fone: Voz da Bahia