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O estudo, publicado na revista científica americana JAMA Ophthalmology, foi realizado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Essa pesquisa mostrou, depois de muitos meses, que o vírus pode estar na retina – e que talvez ele se esconda no sistema nervoso central e em outros órgãos, sendo uma espécie de reservatório, podendo estar relacionado aos casos de Covid crônica”, explica Rubens Belfort Junior, um dos coordenadores da pesquisa e presidente da Academia Nacional de Medicina, em entrevista ao Globo News.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores analisaram a retina de pacientes que faleceram em decorrência da gravidade da Covid-19, e que tiveram os órgãos doados pelas famílias.
Ao todo, foram analisados os olhos de três pacientes, sendo dois homens e uma mulher. Os pacientes tinham entre 69 e 78 anos.
O processo de enucleação ocular – remoção dos olhos – foi realizado em um período de até 02 horas após a morte dos pacientes e utilizou a tecnologia de transplante de córnea.
Fonte: G1