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Os destaques deste trabalho são as músicas “Mistério”, que em sua letra que fala da fé na vida, de tudo o que sentimos da forma mais pura e contemplando a natureza, do axé, dos mistérios que guardam as trilhas do dia a dia, de travessias, destino, que enche um rio de esperança; e “Corpos Negros”, música afrobarroca e que soa o imaginário local, traz representações do quilombo em corpos negros e, a ancestralidade enquanto luta.
Apresenta com profundidade sua relação com a música, que segue uma tradição familiar e atravessa o ambiente artístico cultural que embala e o envolve: a cidade de Cachoeira, e deságua em um caminho próprio, autoral, de experimentação e revelação de formas e forças musicais. Um embalo sutil conduz o canto de Mateus que pede licença ao chão para erguer sua voz.
“Venho de uma família de músicos, onde meu pai, Mateus Aleluia, foi o primeiro que tem a música e a arte como ofício. Nos shows do meu pai sempre toquei trompete e minha irmã tocava piano e cantava. Em 2015, conheci Gil, trabalhando como músico no Globo de Ouro, em seguida a sua companheira Ana Lomelino, "Maeana".Em agosto deste mesmo ano, em uma conversa com Aninha, ela me perguntou: - Mateus, por que você não canta? Você tem a voz bonita! Depois dessa conversa, eu comecei a estudar e não parei mais. O show Refavela, foi uma experiência muito significativa na minha carreira como músico e na vida. Aprendi muito! Um sonho realizado!”, expressa.
Graduado em Música pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Instrumento (Trompete). Pós-graduado em Arte e Educação (Escola de Belas Artes/UFBA). Integrante do Grupo Saravá Jazz Bahia. E, reconhecido pela maestria como instrumentista é chegado o momento de apresentar ao público uma outra face da amálgama musical que em Mateus encontra passagem. E, suas canções, composições originais, por sua vez, criam pontes tão inesperadas quanto reveladoras.
O EP foi gravado no Itabuna Estúdio (Salvador), com produção musical de Sébastien Notini.
O Projeto “Sopro do Interior” é realizado por Mateus Aleluia Filho e tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura, do Ministério do Turismo e Governo Federal.
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Por Beatriz Vieirah