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Bruna era moradora de São Felipe, na Bahia, com a mãe, mas acabou viajando para Santos (SP) para ficar com o pai. Com a piora dos casos da covid-19, ficou lá, estudando remotamente. Em um período de quase três meses, ela perdeu três tios, a bisavó, a mãe e a avó. Todos foram mencionados no cartaz que a estudante levou até o posto onde se imunizou com a 1ª dose.
Fiz a homenagem para que as pessoas comecem a se conscientizar de que a vacina salva e que não tenham medo. Que vendo as mortes no cartaz tenham noção do que é o coronavírus”, disse Bruna ao G1 Santos.
Um tio da família foi o primeiro a pegar a covid-19, infectando outros parentes. A avó, de 67 anos, morreu em março. A mãe dela, de 47 anos, ficou doente. “Minha mãe morreu 16 dias antes de eu completar 15 anos, uma data especial. Por conta da pandemia não teve festa, mas um dos meus maiores desejos quando ela estava no hospital era que ela pudesse sair da sedação antes do meu aniversário para eu conseguir ouvir ela me dar um parabéns. Foi difícil passar esse aniversário sem ela”, acrescenta.
Depois, morreram dois tios e uma bisavó – essa última foi a única que teve tempo de estar vacinada. A mãe de Bruna apoiava que ela continuasse em Santos com o pai por conta da velocidade da imunização – e de fato, aos 15 anos a jovem se vacinou lá antes do que seria possível na Bahia. “Tomei tanto por mim quanto por eles, que não tiveram a chance de tomar essa vacina. Bateu uma emoção e sentimento enorme de gratidão por ter aguentado tudo isso e estar aqui hoje”, finaliza.
Fonte: Correio