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Na semana passada, 15 dias antes da manifestação, a participação dos evangélicos era de 6,9%, e a dos caminhoneiros, de 7,8%. Ou seja, a relevância do debate em torno do núcleo “cristão conservador” mais do que dobrou na rede de uma semana para outra. Esse movimento também foi observado na categoria dos motoristas, ainda que em menor grau.
Ambos os porcentuais estão acima daqueles registrados em outras duas manifestações anteriores: a que defendeu a aprovação da “PEC do voto impresso” em 1º de agosto, e o protesto contra medidas de restrição contra a covid-19, em 14 de março. Nesses dois momentos, o porcentual máximo de menções aos caminhoneiros foi de 8%, e aos evangélicos, 5,9%, sete dias antes dos eventos.
O relatório sustenta que a mobilização dos caminhoneiros para o próximo dia 7 teve um incremento a partir do episódio do cantor sertanejo Sérgio Reis, mas a categoria permanece dividida, o que reduz a possibilidade de um movimento amplo de paralisação. Lideranças da categoria negaram a greve em agosto, quando o caso veio à tona.
Já o debate entre evangélicos cresceu a partir de um “movimento coordenado de pastores, sobretudo neopentecostais, que têm conclamado os fiéis a participarem dos protestos”, aponta o levantamento.
Um de seus expoentes, o pastor Silas Malafaia, está entre os escalados para discursar em carros de som na manifestação pró-Bolsonaro.
A entrada mais ativa desses dois grupos pode aumentar o número de manifestantes nas ruas no dia 7 de setembro, redesenhando a aliança que elegeu Bolsonaro em 2018 para agora contrapor a queda de popularidade do governo e o cenário eleitoral adverso.
Atualmente, porém, o volume de postagens no Twitter relacionadas ao ato no Dia da Independência é semelhante ao da manifestação em favor da “PEC do voto impresso”, ocorrida em 1º de agosto, antes da rejeição da proposta na Câmara dos Deputados.
Fonte: MSN