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O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, avalia que a prorrogação do movimento pode afetar o abastecimento e, consequentemente, os preços de produtos que vem de fora do Estado, como óleo, carne, tomate e cebola. “Os grandes efeitos seriam em relação ao desabastecimento e à inflação, que já está em alta”.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É a terceira maior alta entre as regiões metropolitanas brasileiras, atrás de Curitiba (PR) e Vitória (ES).
O consultor na área de Petróleo e Gás, Bruno Iughetti, também teme pelo impacto dos bloqueios nos preços de combustíveis, caso haja agravamento dos bloqueios e paralisações – o que também impactaria os preços dos alimentos.
“Essa possível paralisação aqui no Estado, a exemplo do que estamos vendo em outras localidades, pode evidentemente trazer um efeito negativo para o abastecimento de combustíveis, que é um produto que deve ser tratado de maneira diferente das demais mercadorias. Nós dependemos do combustível para movimentar a máquina econômica”, frisa Iughetti.
Ele lembra que, até o momento, não se tem notícia de qualquer paralisação ou bloqueio que tenha afetado o abastecimento de combustíveis no Estado, mas pontua que a situação preocupa. “É um efeito em cadeia. Na hora em que o combustível aumenta por razões nem sempre justificadas, isso faz com que toda a cadeia sofra”, arremata Iughetti.
Fonte: Diário do Nordeste