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Não à toa, mais da metade deles diz que o benefício não deverá garantir voto para o presidente.
É o que mostram os dados da edição especial da Pesquisa Genial/Quaest que buscou avaliar o Auxílio Brasil entre os eleitores e foi divulgada nesta quarta-feira (27/10).
Conforme a enquete, 54% dos entrevistados disseram que as chances de votar em Bolsonaro diminuem em vez de aumentar por conta do benefício. Outros 25% acham que as possibilidades de votar em Bolsonaro aumentam. Vinte por cento não responderam a pergunta ou não sabiam a resposta. O levantamento ouviu 1.038 pessoas no país entre os dias 24 e 25 de outubro. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
O Auxílio Brasil está no cerne da crise financeira que derrubou a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) na semana passada, provocando perdas acumuladas de R$ 350,5 bilhões para os investidores, e mantém as incertezas ao longo desta semana. A grande preocupação é a destruição das regras fiscais pelo governo, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitir, na semana passada, que poderá estourar o teto de gastos –emenda constitucional que limita o aumento de despesas à inflação — para criar o novo programa.
A fala provocou o pedido de demissão de quatro secretários fiscalistas na última quinta-feira, em um claro sinal de que o governo, apesar de tentar dizer o contrário, partiu para a política populista e eleitoreira e tentará destruir as regras fiscais vigentes em vez de cortar gastos extras e emendas parlamentares a fim de agradar a base do Centrão, tradicionalmente gastadora e oportunista, na contramão das promessas de campanha de uma política liberal e mais austera.
A enquete da Genial/Quaest destaca que 70% dos entrevistados disseram que já foram informados sobre o benefício e 53% afirmaram estar cientes do risco fiscal, que vem aumentando e provocando turbulências no mercado financeiro.
O levantamento quis saber a percepção do Auxílio Brasil tanto entre os eleitores pró-Bolsonaro quanto entre os anti-Bolsonaro.
Entre os pró-Bolsonaro, 59% acreditam que a decisão de aumentar a bolsa para R$ 400 é correta. Esse número cai para 32% entre os anti-Bolsonaro.
Os entrevistados responderam também sobre a simpatia em relação aos dois principais candidatos à eleição de 2022. O A enquete mostrou que 37% se disseram simpáticos ao atual presidente, contra 58% que se definiram como anti-Bolsonaro. Quando perguntados sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 39% se definem como anti-Lula e 53% como pró-Lula.
Fonte: Voz da Bahia