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Ao ser questionado sobre o veto no PL, Bolsonaro disse que “a inteligência pode ser usada para o bem ou para o mal”, se referindo à deputada Marília Arraes, autora do projeto. “Quando apresenta um projeto, tem que mostrar o custeio. Se eu sancionar eu estou em curso, em crime de responsabilidade com o artigo 85 da Constituição, processo de impeachment”, justificou.
Segundo Bolsonaro, a despesa causada pela distribuição dos absorventes higiênicos é maior de R$ 100 milhões.
“Ela colocou em distribuição gratuita, mas não é uma cegonha que vai levar a todo mundo”, disse o presidente. “Se o Congresso derrubar o veto do absorvente eu vou tirar dinheiro da saúde e da educação, tem que tirar de algum lugar”.
No dia seguinte ao veto, senadores começaram a se mobilizar para derrubar o veto do presidente.
A relatora do PL, senadora Zenaide Maia (Pros-RN) disse, em rede social, que “O Congresso precisa derrubar o veto de Bolsonaro para demonstrar que, ao contrário dele, os parlamentares se importam com o fato de que uma em cada quatro meninas faltam aulas por não terem acesso a absorventes”, tuitou.
Os senadores da Bahia, Angelo Coronel (PSD) e Jaques Wagner (PT), já garantiram voto contra o presidente. “Foi uma besteira do presidente, e se o veto vier para ser apreciado, votarei pela sua derrubada”, afirmou Coronel ao A TARDE. “Vamos trabalhar para derrubá-lo e confirmar esse importante direito a mulheres em situação de vulnerabilidade”, disse Wagner.
Fonte: A Tarde