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O resultado é alcançado apenas em gestantes que fizeram o esquema vacinal completo, com duas doses. A pesquisa, ainda não revisada pelos pares, teve o pré-print divulgado na plataforma SSRN, ligada ao periódico The Lancet.
No estudo, pesquisadores brasileiros e britânicos usaram os resultados de testes RT-PCR (padrão ouro para a detecção da doença) de 19.838 grávidas entre 18 e 49 anos, das quais 37,4% testaram positivo e 7,9% tinham a doença grave.
O levantamento foi feito com dados de março a outubro deste ano com informações do Sistema de Notificações do Ministério da Saúde.
Além dos dados de eficácia contra eventos graves, a pesquisa apontou que a vacina é eficaz contra episódios sintomáticos de Covid-19 (41%) e para prevenir a progressão para casos graves (75%).
No início da pandemia, as grávidas não eram consideradas grupo de risco, mas, com o passar dos meses, especialistas começaram a observar casos que evoluíram para ocorrências graves e óbitos. No Brasil, as gestantes e puérperas que receberam as primeiras doses foram as que tinham comorbidades.
A imunização de grávidas sem comorbidades foi totalmente liberada em julho deste ano, após um período de interrupção do Ministério da Saúde para investigação de um caso suspeito de morte de uma grávida que tinha sido vacinada.
Os pesquisadores são da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), das universidades federal da Bahia, do Rio de Janeiro e de Ouro Preto, Universidade de Brasília e Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Veja