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“É necessária uma análise cuidadosa, por parte dos gestores locais de saúde, para identificar localmente as mais prováveis causas do atraso. Este diagnóstico será útil para orientar as ações de estímulo à população para completar o esquema vacinal”, alertam os cientistas.
Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 50% dos atrasos tem mais de 30 dias e cerca de 14% são maiores que 90 dias da data prevista.
O número de atrasos para a AstraZeneca é de 6.739.561; Coronavac, 4.800.920; e Pfizer, 2.557.296. Entre as pessoas com a 2ª dose em atraso, estão: AstraZeneca (6.739.561); Coronavac (4.800.920) e Pfizer (2.557.296), de acordo com o Painel de Atraso de Segunda Dose de Vacina, da Fiocruz.
As análises foram feitas com dados individuais anônimos da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, do Ministério da Saúde.
Foram levados em conta somente os atrasos com mais de 15 dias, por considerar o tempo de entrada dos dados na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS); pelo entendimento de que um tempo curto de atraso pode ocorrer por motivos de agendamento e disponibilidade das pessoas para se vacinarem; e pelo risco individual não ser elevado em um intervalo relativamente curto de atraso.
“É fundamental adotar estratégias para aumentar a adesão ao esquema vacinal completo, uma vez que os estudos sobre efetividade de vacinação têm demonstrado que a proteção contra infecção, hospitalização e morte é significativamente maior no grupo com esquema vacinal completo quando comparado com o grupo com apenas uma dose da vacina. Também foi mostrado que a proteção contra as novas variantes do novo coronavírus é mais efetiva somente após duas doses da vacina”, afirma a Fiocruz.
Fonte: Voz da Bahia