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Roberto Costa, astrônomo e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, diz que a ocorrência desta semana se diferencia de outras por sua duração:”Vai ter alguns minutos a mais“.
Em um eclipse lunar total, a Lua inteira cai na parte mais escura da sombra da Terra, chamada de umbra.
Neste eclipse, até 99,1% do disco da Lua estará dentro da umbra da Terra. Este é o eclipse lunar parcial mais longo dentro de um milênio, com 3 horas, 28 minutos e 23 segundos. O último de maior duração ocorreu em 18 de fevereiro de 1440 (3 horas, 28 minutos, 46 segundos), mesmo ano em que Itzcóatl, rei asteca de Tenochtitlán morreu e foi sucedido por Moctezuma I.
Até que um novo nesse moldes ocorra demorará 648 anos, até 8 de fevereiro de 2669 (3 horas, 30 minutos e 2 segundos).
Os países onde o eclipse lunar terá melhor visibilidade estão na África e no Oriente Médio. No Brasil, o centro do eclipse vai ocorrer entre 5h30 e 5h40 da manhã, pouco antes de a Lua se pôr.
De acordo com o professor Costa, para ter uma visão boa em território nacional é preciso que o céu esteja limpo. “Pelo visto, não é o que vai acontecer no Sudeste, já que a previsão não é das melhores”, lamenta ele. Em maio, houve um eclipse total. No ano que vem, haverá mais dois, ambos totais, em 16 de maio e em 8 de novembro.
Outra característica deste eclipse é o tom que a Lua assumirá, um pouco avermelhado. O efeito tem o nome de Dispersão de Rayleigh e explica, entre outras coisas, porque por que o céu fica azul durante o dia e o pôr do sol assume coloração vermelha. Segundo a Nasa, agência espacial americana, a única luz solar que se projeta sobre a superfície lunar passa pela atmosfera terrestre. Quanto mais poeira ou nuvens na atmosfera do planeta durante o evento, mais vermelha a Lua ficará.
Fonte: Veja