Novo ensino médio será implantado no estado a partir de 2023; confira as mudanças

Foto: Reprodução 
Em 2022, alunos do ensino médio de todo Brasil irão encontrar uma escola diferente da que existe atualmente. No estado, essa regra é uma exceção. Ao contrário das outras unidades federativas, o Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA) estabeleceu que só em 2023 e 2024 as instituições de ensino serão obrigadas a alterar o currículo referencial para o ensino médio. Essa ação foi determinada, pois só em 2022 é que será implementado o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) do Ensino Médio. 

O documento vai servir como referência para escolas montarem suas matrizes curriculares e submeterem à aprovação do próprio CEE. Segundo o presidente do CEE, Paulo Gabriel Nacif, a alternação do cronograma aconteceu, dentre outros motivos, para aumentar o debate para construção de um documento que respeita a diversidade e realidade de cada região. 

“O conselho está atento e vem cumprindo com suas atribuições no processo de implementação da BNCC na Bahia, assegurando os princípios educacionais e os direitos de aprendizagem de todos os estudantes do território estadual, em toda a educação básica”, explicou. A Resolução que altera o cronograma foi aprovada pelo 24 conselheiros estaduais de Educação e homologada pelo secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues. 

De acordo com a diretor acadêmica do Colégio Antônio Vieira, a professora Ana Paula, a decisão do conselho impede a implementação completa do novo ensino médio ainda em 2022. No entanto, a instituição de ensino irá implementar no ensino médio aquilo que não impacta na BNCC. “Tem toda uma novidade, que são os itinerários formativos, que os alunos do primeiro anos começarão a ter em 2022. É para eles, já estarem no ritmo do novo ensino”, explica a gestora. As principais mudanças desse novo ensino médio é o aumento da carga horária mínima. 

Agora não serão mais necessárias 800 horas anuais e sim 1 mil horas, o que vai fazer com que cada dia letivo tenho, no mínimo, cinco horas de aulas. Desde período, 60% serão destinado a áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), que irá substituir as disciplinas individuais.

Além dos itinerários formativos, que são considerados a maior novidade desse novo ensino. Eles serão escolhidos pelo estudante conforme a disponibilidade da instituição. Esses itinerários vão ocupar 40% restantes das aulas, junto com uma outra novidade, o Projeto Vida. Essa ação trata-se de um programa que deve ajudar os alunos a entender o que eles querem para o futuro.




Fonte: Voz da Bahia 
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