Foto: Cole Burston - Reuters |
A restrição para frequentar presencialmente lojas que vendem esses itens foi anunciada pelo ministro da Saúde local, Christian Dubé, na semana passada e só começa a valer na próxima terça-feira (18). Mas, segundo ele, o número de agendamentos diários para receber a primeira dose do imunizante já saltou de 1.500 para 6.000.
Dubé afirmou que o obstáculo ao acesso a álcool e maconha —legalizada para uso recreativo no Canadá em 2018— não tem a intenção de irritar os não vacinados, como o presidente Emmanuel Macron declarou na semana passada sobre o projeto de passaporte vacinal na França.
Segundo o ministro, "seria bom" incomodar os que se recusam a receber a vacina, mas seu objetivo é reduzir seu contato com a parcela da população que está imunizada, proteger o sistema de saúde e proteger os não vacinados uns dos outros. "Esse é um primeiro passo que estamos dando. Se os não vacinados não estiverem satisfeitos, há uma solução muito simples: vão tomar a sua primeira dose. É fácil e de graça", disse Dubé. "Se você não quer se vacinar, não saia de casa."
Ao anunciar a exigência, o ministro indicou ainda que outros estabelecimentos também passarão a exigir o certificado de vacina, mas há outras restrições já em vigor.
Em outra medida pouco usual, o governador da província, François Legault, anunciou a intenção de implementar a cobrança de uma "taxa sanitária" aos não vacinados de Québec.
Ele explicou que a proposta, em processo de finalização, não se aplicaria a quem não pode receber o imunizante por razões médicas. Em sua defesa, afirmou que os não imunizados colocam uma sobrecarga financeira sobre toda a população. Assim, o governo busca um valor significativo que cidadãos sem vacina deverão pagar —a cifra não deve ficar abaixo de 100 dólares canadenses (R$ 444).
"Todos os adultos em Québec que não aceitarem tomar ao menos a primeira dose nas próximas semanas terão uma conta a pagar, porque há consequências em nosso sistema de saúde e não cabe a todos os cidadãos pagar por isso", afirmou Legault.
Fonte: Folha de São Paulo