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De acordo com Adélia, a redução drástica impedirá que a Bahia mantenha todos os seus atuais leitos exclusivos para atender pacientes com a doença. “Isso é um absurdo! Decretaram o fim da pandemia pela via financeira. O dinheiro repassado pelo governo federal já não era capaz de cobrir os custos e tinha de ser completado por estados e municípios em todo o Brasil. Agora, a situação ficou ainda pior, pois o Ministério está fazendo economia às custas da saúde do povo brasileiro”, desabafou a secretária, que pontuou que, caso necessário, essa questão será judicializada.
Atualmente, a Bahia tem 649 leitos de UTI Covid-19 em funcionamento. Para mantê-los, além do repasse federal, o Governo do Estado e os municípios teriam que arcar adicionalmente com mais de R$ 23 milhões por mês.
Em contrapartida à redução do repasse para os estados, que já começa a valer na próxima segunda-feira (28), o Ministério da Saúde propôs incrementar o repasse para leitos de terapia intensiva de outras especialidades.
“Os 1.226 leitos de UTI na Bahia que já se encontram habilitados, ou seja, já tinham algum financiamento, teriam um adicional de aproximadamente R$ 126,76 por dia. Ainda que esse incremento seja importante, a conta não fecha e a pandemia não acabou. Como saldo, a redução de recursos é substancial e essa mudança pode prejudicar a assistência”, conclui a secretária.
Fonte: Correio