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Apesar da situação desfavorável, Ciro Gomes encontra em alguns números motivos para manter o otimismo, principalmente aqueles relacionados ao seu potencial de voto, que é comparável ao de Bolsonaro. Levantamento da Quaest revelou que 4% dos entrevistados conhecem e votariam no pedetista e outros 24% conhecem e poderiam votar nele, o que dá um potencial de voto de 28%. No caso do ex-capitão, os percentuais foram, respectivamente, de 18% e 13% — total, de 31%.
Na sondagem do Ipespe, 13% declararam que votariam com certeza em Ciro Gomes e 36% que poderiam votar nele. No caso de Bolsonaro, foram 26% e 8%. O problema para o ex-ministro é que seu potencial de voto é majoritariamente formado por quem pode votar nele, e não por quem com certeza votará nele, como ocorre com Bolsonaro. Se quiser avançar, Ciro Gomes terá de converter o eleitor em potencial em eleitor fiel — eis aí a sua grande dificuldade. Por enquanto, ele desponta como uma espécie de segunda opção de voto, o que não é suficiente para torná-lo competitivo.
Outro obstáculo para Ciro é o nível de voto consolidado. Na pesquisa da Quaest, 74% dos que declaram voto em Lula consideram definitiva a decisão. No caso de Bolsonaro, são 65%. No de Ciro, 38%. Nessa toada, o ex-ministro e eterno presidenciável caminha para a sua quarta derrota na corrida presidencial.
Fonte: Veja