Peritos médicos do INSS anunciaram que farão nova paralisação de dois dias na próxima semana se demandas da categoria não forem atendidas. Os profissionais paralisaram atividades nesta segunda (31), causando a remarcação de cerca de 25 mil perícias agendadas, segundo números da ANPM (Associação Nacional dos Peritos Médicos).
A associação estima que a mobilização teve adesão de 90% dos servidores da carreira nesta segunda. Trabalhadores sem renda e que aguardavam a perícia para receber benefício ou para retornarem ao trabalho foram informados nas agências do INSS de que a consulta seria remarcada para meados de fevereiro.
A associação estima que a mobilização teve adesão de 90% dos servidores da carreira nesta segunda. Trabalhadores sem renda e que aguardavam a perícia para receber benefício ou para retornarem ao trabalho foram informados nas agências do INSS de que a consulta seria remarcada para meados de fevereiro.
A perícia é exigida para benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadorias por incapacidade permanente ou deficiência e BPC (Benefício de Prestação Continuada) para pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.
Aqueles que não foram atendidos devido à paralisação das atividades devem ter a perícia remarcada pelo próprio INSS e informados sobre o novo horário até o meio-dia do dia seguinte ao atendimento cancelado, segundo a portaria nº 922 do INSS, publicada em setembro.
O INSS informou que seus funcionários fariam as remarcações na própria agência e que o segurado pode confirmar a nova data e horário da sua perícia pelo telefone 135 ou pelo site ou aplicativo Meu INSS.
O órgão informou ainda que "não haverá prejuízos financeiros para o segurado" em razão dos cancelamentos, ou seja, se a perícia confirmar que há direito ao benefício por incapacidade serão pagos os valores retroativos devidos e em atraso. Porém, a depender da data em que o novo atendimento for remarcado, isso representa mais tempo de espera até o pagamento ser liberado.
A principal demanda da categoria para que não faça nova paralisação é a realização de encontro presencial com o ministro Onyx Lorenzoni para discussão de temas como reajuste salarial de cerca de 20%.
Os peritos reivindicam a realização de concurso para suprir 3.000 vagas, distribuição igualitária de agendamentos entre os profissionais dos turnos da manhã e tarde, direito a feriados e recessos sem atendimentos e o fim de espaços na agenda sem atendimentos.
A entidade afirmou que, em assembleia dos profissionais realizada na noite desta segunda, foi acordado que os próximos passos da mobilização incluem a adoção de nova medida que os desonera de cumprir atividades profissionais para compensar a falta de segurados em atendimentos agendados ou espaços vazios na agenda.
Fonte: Folhaexpress