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Nas demais oito partidas, o Esquadrão sofreu pelo menos um gol dos adversários. Os últimos foram na derrota para o Fortaleza, por 3×1, sábado, pelo Nordestão. Ao todo, a equipe já levou 12 gols na temporada – média de 1,2 por jogo.
Apesar de conseguir manter o equilíbrio entre defesa e ataque – o time anotou 16 gols e tem saldo positivo -, as bolas na rede ligam um sinal de alerta. Afinal, teoricamente, as partidas ficarão mais difíceis à medida que o estadual e o regional cheguem às fases decisivas e que a Série B tenha início.
Nos dois últimos anos, a defesa foi o ponto de maior fragilidade do Bahia no Campeonato Brasileiro. Para se ter uma ideia, em 2020 o tricolor terminou o ano com a terceira pior defesa da Série A, com 59 gols sofridos – em 38 rodadas. Superou só os rebaixados Botafogo e Goiás, que levaram 62 e 63 gols, respectivamente.
Já em 2021, o Esquadrão foi, junto com o Grêmio, o segundo time que mais levou gols entre as 20 equipes do Brasileirão, com 51. Melhor apenas que a Chapecoense, que caiu para a Série B como lanterna e com 67 gols sofridos.
Um dos remanescentes do elenco rebaixado no ano passado, o zagueiro Luiz Otávio não credencia a fase ruim apenas aos atletas que compõem o sistema defensivo. Para ele, a defesa do time começa no ataque.
“A parte defensiva é um contexto geral, que não depende somente da defesa, da linha de quatro atrás. Depende do time como um todo, da equipe. Claro que não é uma marca boa, tem que melhorar”, iniciou o camisa 3.
“Quando você leva poucos gols, a chance de ter êxito é muito grande. Essa parte a gente tem que melhorar, e muito. Mas vejo pelos jogos. A gente tem proposto os jogos. Normalmente, a gente está jogando na linha de ataque, marcando alto, para poder conseguir sair com o resultado positivo. Infelizmente, a gente toma um gol ou outro. É uma questão complicada, a gente tem que melhorar muito”, analisou.
O sistema defensivo ganhou caras novas nesta temporada. As laterais foram renovadas com a chegada de Jonathan, Luiz Henrique e Djalma, além da promoção de Douglas Borel ao elenco profissional. Matheus Bahia é o único do setor que continua.
No miolo de zaga, os remanescentes Luiz Otávio e Gustavo Henrique ganharam a companhia de Ignácio, que voltou de empréstimo da Chapecoense, e do garoto Henrique, contratado após jogar a Copinha pela Ponte Preta.
Por opção de Guto Ferreira, o Bahia mudou ainda o perfil do seu meio-campo, buscando atletas com maior poder de marcação, como é o caso dos volantes Willian Maranhão e Rezende.
Com tantas mudanças, o treinador entende que a fragilidade apresentada faz parte do processo de adaptação. “Tudo é ajuste. Nesse início de ano, qual defesa não vem tomando gol? Porque existe o problema físico. Chegam momentos em que a cabeça até quer, mas a perna não corresponde. Nós ainda estamos no processo”, disse Guto.
Fonte: Correio