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Pesquisadores afirmam que o fenômeno está sendo observado nas últimas duas décadas e que, ao se aproximar do ponto de não retorno, a floresta não terá mais capacidade de se regenerar. Segundo o estudo, mais de três quartos da Amazônia já demonstram dificuldades em se recuperar de eventos como estiagens e queimadas para um estado mais saudável.
As regiões que recebem menos chuvas são as mais afetadas.
Segundo os dados obtidos, a capacidade de resistência da Floresta Amazônica diminuiu, em particular, nas estiagens de 2005 e 2010, como parte de um declínio observado desde o início dos anos 2000 até 2016, quando os dados mais recentes foram coletados.
Para chegar às conclusões, foram observados dados de satélite que estimam a quantidade de biomassa – árvores e outras plantas e vegetações – em uma determinada área, assim como a quantidade de água nas árvores e vegetação verde. Esses são indicadores da saúde e da resistência da floresta.
As estações mais secas na bacia amazônica se tornaram mais longas, e as estiagens, cada vez mais comuns e mais graves, com a intensificação das mudanças climáticas.
Quanto mais áreas de floresta são desmatadas ou queimadas, menos resistente se torna a Amazônia. O bioma poderá atingir um ponto crucial de irreversibilidade, onde perderá parte significativa de sua cobertura de florestas e se tornará um ecossistema mais aberto, como o cerrado, ou ainda florestas menores e mais secas.
Ainda, segundo o estudo, é essencial reduzir o desmatamento na Amazônia para evitar os impactos das mudanças climáticas, já que a floresta pode absorver uma enorme quantidade de dióxido de carbono.
Fonte: G1