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O último reajuste na refinaria foi no sábado (5). Segundo estimativas do Observatório Social da Petrobras (OSP), organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a diferença entre o valor vendido pela empresa e pela estatal é ainda maior no diesel S-10 (28,2%).
"Só em 2022, já foram três aumentos da gasolina e do diesel e um reajuste do GLP (gás de cozinha), fazendo com que os combustíveis produzidos pela antiga RLAM tenham hoje os preços mais caros do Brasil", afirmou o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado da Bahia (Sindicombustíveis Bahia), Walter Tannus.
Com esses aumentos, a expectativa é que a Bahia ultrapasse o Rio de Janeiro e se torne o estado com a gasolina mais cara do Brasil.
Na última semana de janeiro, o preço médio da gasolina no estado ultrapassou a barreira dos R$ 7 por litro, chegando a R$ 7,024. Além da Bahia, quatro estados tinham preço médio acima desse patamar no mesmo período: Acre, Goiás, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro
Impacto da guerra da Ucrânia
Nesta terça-feira (8), o preço do barril de petróleo Brent, referência mundial, estava cotado a US$ 129,39, uma alta de 4,52%. Os conflitos na Ucrânia e o anúncio de embargo ao óleo e gás russos contribuem para a escalada de preços.
Desde o governo Michel Temer, o valor do combustível varia de acordo com o mercado internacional. Ou seja: a Petrobras faz os repasses às refinarias conforme a valorização do barril de petróleo no exterior.
Hoje é nosso segundo dia de inserções nacionais. Vamos estrear novos filmes, como este contra o preço absurdo dos combustíveis. Vocês sabem que fui o primeiro a denunciar a política criminosa de preços da Petrobras de Bolsonaro. #PreçoDosCombustíveis pic.twitter.com/KboNbYJxPf
— Ciro Gomes (@cirogomes) March 3, 2022
Atualmente, o preço médio da gasolina no país é de R$ 6,57 e, do diesel, de R$ 5,60. Os dados são do levantamento da ANP, realizado entre 27 de fevereiro e 5 de março.
Temendo uma escalada ainda maior nos preços, o presidente Jair Bolsonaro classificou nesta segunda-feira (7) a Paridade Internacional do preço do petróleo como uma “legislação errada” e afirmou que está estudando uma forma de impedir que os combustíveis aumentem no Brasil.
Fonte: Yahoo Notícias