São João: Prefeitos de interiores da Bahia se manifestam sobre possibilidade de ocorrer o festejo em 2022

Foto: Reprodução
Foram exatos dois anos longe de um bom arrasta pé. O frio do inverno dos baianos e turistas, ficou ainda mais sombrio. O tradicional quentão que esquentava os casais apaixonados esfriou e perdeu o gosto. A fogueira, que também ajudava a aquecer quem se reunia com familiares e amigos, se apagou e deixou um ‘Q’ de saudade. 

O São João teve de ser cancelado em todo o Brasil para dar ênfase aos hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 que, por sinal, ficaram lotados de vaqueiros, donos de barracas do beijo, além das rainhas do milho. Por volta de maio, início de junho de 2020, os amantes do São João começaram a sentir a sensação de trsiteza de ter uma das maiores festas do Nordeste sendo cancelada após o aumento considerável do coronavírus no país. Cerca de dez cidades, na época, decretaram o cancelamento em virtude da quantidade de mortos e infectados. Pouco depois, o governador do estado, Rui Costa, cancelou completamente o festejo junino. 

E assim permaneceu em 2021. Nem os apaixonados pelas festas privadas que ocorrem todos os anos nos interiores da Bahia pegaram a estrada rumo ao prazer das folgas de Junho. No quesito política, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), informou que o estado deixou de arrecadar R$ 79 milhões de ICMS. 

Entretanto, com a chegada da vacina e a imunização em massa, mesmo com a demora do Governo Federal em comprar as doses e distribuir aos estados, várias festas foram sendo liberadas gradativamente. Em um certo momento, a quantidade de pessoas nos eventos foi oscilando. Às vezes 3 mil, logo depois caia para 1,5 mil.

Novamente subia para o dobro e, a partir do último decreto do governador, todo mundo agora pode apreciar as festas sem limite de público. Visto isso, a reportagem do BNews procurou algumas prefeituras para saber o posicionamento em relação aos festejos juninos, já que o gestor estadual deu carta branca para a quantidade de público nas festas, após os números da Covid-19 terem diminuído rapidamente depois do cancelamento do Carnaval de Salvador, quando ainda estava com uma porcentagem relativamente alta. 

A 186 km de Salvador, a cidade de Riachão do Jacuípe tem mexido os pauzinhos para preparar o São João para os mais de 33 mil habitantes, além dos turistas que devem chegar aos poucos. O prefeito Carlos Matos (DEM) revelou, com exclusividade ao BNews, que uma das bandas que irá tocar no município durante o festejo junino será Calcinha Preta.

“A expectativa é de mais de 100 mil pessoas. Os gastos devem ser em torno de R$ 1, 5 milhão, além dos recursos próprios. Estamos buscando parcerias”, disse o gestor. O evento está marcado para acontecer entre os dias 22 e 26 de junho. Já em Cachoeira, a 110 km de Salvador, o São João vai acontecer, porém, pelos modos tradicionais e frisando os artistas locais. A informação foi passada pela prefeita Eliana de Jesus (Republicanos). 

Para ela, o momento é de “fortalecer os filhos da terra”. “Vamos ter atrações a nível de estado e nacional, estamos fechando a grade. Não existe investidores, (…) eu não tenho um balanço [do investimento da prefeitura], mas a economia será aquecida, porque as pessoas que têm trabalho informal, vão colocar mercadorias e o dinheiro vai circular pelo comércio de Cachoeira”, disse a gestora que ainda comentou que pretende receber em torno de 60, 70 mil pessoas entre os dias do festejo”.


Fonte: BNews
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