As primeiras ações feitas para salvar a documentação armazenada no antigo arquivo municipal, que funcionava em uma sala da Câmara Municipal de Vereadores de Cachoeira, começaram em 1968, quando foi instalada a Fundação Casa Paulo Dias, que foi criada pelo Filosofo/Professor George Agostinho da Silva, junto com um grupo de acadêmicos e intelectuais.
Naquela época, centenas de documentos avulsos, fotos e livros do século XVII-XIX, estavam armazenados indevidamente, em estantes de madeiras corroídas pelo cupim e repletos de sujeira.
Após reunião envolvendo o prefeito da época – Sr. Julião Gomes dos Santos –, o prof. Agostinho e o administrador da Casa Paulo Dias Adorno, uma ação coletiva foi iniciada, visando a preservação da importante documentação armazenada na Câmara Municipal. Os trabalhos iniciais de higienização e organização documental foram realizados pelo Sr. Antônio Ribeiro Moraes e pela Sra. Gilnath Maria Santos Guedes, sob a supervisão da Paleógrafa, moçambicana, Sra. Maria de Lourdes Sinel de Cordes.
Em 19 de maio de 1992, um importante passo foi dado com a publicação da Lei nº 448 que criou o Arquivo Público Municipal de Cachoeira (APMC). Este ano, 2022, o APMC completa 30 anos enquanto instituição arquivística legalmente criada. Ao longo das últimas décadas tem sido um importante espaço de pesquisa e de preservação do patrimônio documental do Recôncavo, da Bahia e do Brasil, contribuindo para a memória e história do país!
O APMC segue desenvolvendo relevante trabalho de higienização, identificação e catalogação
documental, visando assegurar às gerações presentes e futuras o direito à memória. Diante de tudo isto, é
preciso celebrar a existência do Arquivo Público Municipal de Cachoeira enquanto espaço de história e de
memória que se constitui em um dos mais importantes arquivos em nível regional e nacional. Viva a
preservação do patrimônio documental! Viva o Arquivo Público Municipal de Cachoeira!
Fonte: Ascom