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O ministério disse que “está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde”.
Na segunda-feira passada (23), a pasta criou uma sala de situação para rastrear os casos suspeitos e definir o diagnóstico clínico e laboratorial.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações também acompanha o avanço da doença com a ajuda de um grupo de especialistas ligados à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), à Universidade Feevale e à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Na sexta (27), a Argentina confirmou os dois primeiros casos da doença na América Latina.
A varíola dos macacos é do gênero Orthopoxvirus, o mesmo da varíola, e tem sintomas similares ao dela, embora menos graves. A maioria dos pacientes se recupera em poucas semanas, mas há possibilidade de evolução para casos problemáticos.
O vírus tem duas variantes principais: a cepa do Congo, mais grave e com até 10% de mortalidade, e a da África Ocidental, com mortalidade de 1%.
Segundo especialistas, a transmissão se dá por contato próximo prolongado, não necessariamente sexual. O vírus pode entrar no corpo humano através do trato respiratório ou pelo contato, direto ou indireto, com fluidos contaminados.
Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores e calafrios.
O surgimento de novos casos de varíola dos macacos no mundo tem levado brasileiros a procurarem pela vacina e por cartões de vacinação antigos.
Em um levantamento feito pela Abcvac (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas) a pedido da Folha, 73% dos associados responderam que aumentou a procura por um imunizante. Do total, 25% afirmaram que há “muita” demanda e 48%, que há “alguma” demanda.
Apesar do interesse recente, nenhum imunizante da varíola está disponível nem na rede privada nem no SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina parou de ser aplicada no Brasil em 1979 e, em maio de 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou oficialmente a erradicação da doença.
Fonte: Voz da Bahia