PF tem aumento de 23% e baianos reclamam que vale-refeição já não é suficiente

Foto: Divulgação\Alelo 
Se antes o prato feito era uma solução para que os brasileiros economizassem na alimentação fora de casa, agora até ele tem sido afetado pela inflação. Segundo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o preço do famoso PF teve, no Brasil, um crescimento de 23% em um ano e os brasileiros já reclamam que o vale-refeição não é mais suficiente para um mês. 

O levantamento levou em conta a variação de preço de dez itens que compõem o prato feito: arroz, feijão-carioca, feijão-preto, alface, batata-inglesa, cebola, tomate, frango em pedaços, ovos e carnes bovinas. Dentre eles, o maior vilão foi o tomate, que mais que dobrou de preço nos últimos 12 meses. Segundo o levantamento, o arroz e o feijão chegaram até a acumular uma deflação em seus preços, mas não foi suficiente para equilibrar o aumento na média de preço do PF. 

A alta de preços atingiu em cheio o poder de compra do vale-alimentação dos brasileiros. De acordo com panorama da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizado em parceria com a empresa Alelo, o número de dias necessários para esgotar o saldo do benefício mensal foi, em fevereiro de 2022, 24 dias em média. 

Já no mesmo período de 2020, antes da pandemia no Brasil, o vale era esgotado após 27 dias. A assessora de comunicação Julya Ferreira já sente o impacto desse aumento no final do mês e conta que essa é uma discussão recorrente entre seus colegas de trabalho. De acordo com ela, eles já esperam para o mês em que o vale vai ser esgotado antes mesmo da primeira quinzena. 

"Está um absurdo o preço da alimentação. Se for comprar comida no mercado, está tudo mais caro. Se for comer fora, o quilo de comida nos restaurantes também aumentou muito. Tive que me reorganizar, porque se não fizesse isso, o vale não duraria nem metade do mês", conta a baiana. O levantamento da Ibre-FGV registrou ainda uma queda na média de valor do vale-refeição, que saiu de R$ 465,20, em fevereiro de 2020, para R$ 415,30 no segundo mês deste ano.

Fonte: Metro 1
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