O procedimento seria feito na última terça-feira (27), mas foi suspenso por falta de materiais. A previsão é de que a cirurgia seja realizada na sexta-feira (1º). Alex foi ferido na noite do dia 13 de junho, em uma disputa de espadeiros, como são chamadas as pessoas que soltam as espadas (saiba mais).
Ele passou por duas cirurgias. Antes de ser adiado, o terceiro procedimento seria feito em 15 de junho, mas foi suspenso porque o maxilar da criança ainda estava bastante inchado. De acordo com Josenildo Oliveira da Silva, padrasto da criança, o menino não tem o hábito de soltar espadas, mas resolveu assistir os fogos pela primeira vez.
“Ele foi ver as espadas e as espadas vieram na direção dele, aí pegou na boca dele. De lá, levaram para a UPA e, em seguida, fomos para Feira de Santana. Ele fez uma cirurgia na boca e perdeu 11 dentes. Agora ele vai fazer a cirurgia do maxilar. O médico disse que ele está bem, está sedado. Estão aguardando ele desinchar um pouco, para fazer a cirurgia da boca”.
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Logo após ser atingido, o garoto foi socorrido e levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Por causa da gravidade dos ferimentos, a vítima foi levada para o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, cidade que fica a cerca de 50 quilômetros de Cruz das Almas.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Cruz das Almas o estado de saúde do garoto é estável. Ele está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar, porque a família vive em situação de vulnerabilidade social.
As guerras de espada são uma tradição no Recôncavo baiano, mas foram proibidas em Cruz das Almas em 2011, com base no Estatuto do Desarmamento, instituído em 2003, por causa do risco à vida.
Além disso, legislação estadual prevê que fabricar, possuir e soltar espadas é crime, cuja pena pode chegar até seis anos de prisão. (G1)
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