Fotos: Ascom-Fundação Hansen Bahia |
Vale ressaltar que todo o trabalho está sendo acompanhado por profissionais de várias áreas, a exemplo de antropólogo, historiador, educador, jornalista, museólogo, entre outros. Todos os fabricos de licor reconhecidos pela Prefeitura Municipal de Cachoeira como Patrimônio do Sabor Municipal estão sendo objeto desta pesquisa.
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Uma série de entrevistas será feita nos próximos dias e o primeiro Fabrico visitado foi o do Licor A Gauchinha, localizado na Rua Manoel Bastos, nº 4, em Cachoeira, que tem como produtor responsável o Senhor Roque Amorim que trabalha há cerca de 15 anos com a produção da bebida e conta com a ajuda da esposa Tânia Regina.
“Trabalhamos com 16 sabores de licores e entre os mais vendidos estão o de Jenipapo, Banana e Tamarindo. Este ano estou lançando o Licor de Açaí com Guaraná, 36 horas no ar. É um licor energético, para não dizer afrodisíaco, para deixar os meninos ainda mais animados”, destacou.
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Roque Amorim enfatizou ainda que a bebida, feita de modo artesanal, que mais demora para ser produzida é a de Jenipapo, pois leva cerca de 9 a 10 meses para ser finalizada. “Eu compro a fruta, lavo, deixo na fusão, coloco no álcool e na água, na quantidade exata; após 6 meses eu vou prensar ela, para tirar só o caldo. Comprei esse ano uma despolpadeira de frutas, a máquina separa os caroços da polpa, isso diminui o tempo de produção, além de utilizarmos também um liquidificador industrial”, concluiu.
O Licor A Gauchinha produz cerca de 3.500 (três mil e quinhentos) litros da bebida nesse período junino, entre abril e junho.
A patrimonialização
A assinatura da notificação de abertura do processo de Registro Especial do Licor de Cachoeira foi realizada no dia 4 de fevereiro deste ano. A patrimonialização do licor foi solicitada pela Prefeitura Municipal de Cachoeira e está na fase de estudos e elaboração de dossiê. Após concluído, o material será enviado para aprovação pelo Conselho Estadual de Cultura e homologação pelo Governo do Estado, o que possibilitará que o registro possa ser convertido em definitivo e inscrito no livro de Registro Especial dos Saberes e Modos de Fazer.
Fonte: Ascom/Ipac