Foto: Reprodução | Gov/Ba |
O primeiro motivo apresentado para a negativa é que elas não foram consultadas pela entidade carnavalesca, o que é considerado desrespeito e apropriação com as irmãs que preservam tradições negras afro-católicas seculares, são mais de 200 anos de história.
Irmã Zelita, uma das mais velhas, ficou surpresa e decepcionada ao ver o vídeo divulgado com o tema: “Ave Maria Olorum – A Corte da Boa Morte”, ideia do carnavalesco Édson Ribeiro. Para a irmã noviça, Juçara Pontes, “essa reprodução da Irmandade da Boa Morte é um absurdo, fico estarrecida com a ousadia e falta de respeito com as Irmandades Negras. Há muitos elementos retratados de maneira equivocada. As irmãs não autorizaram essa suposta homenagem. Isso é uma falta de respeito.”
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Segundo Edson Ribeiro, o carnavalesco da Padre Miguel, “o carnaval é um grande portal de conhecimento”. Ele já esteve uma vez na Festa da Boa Morte e tem previsão de voltar à festividade religiosa em agosto desse ano.
Na última quarta-feira (6), a escola de samba carioca anunciou que a Irmandade seria homenageada na avenida. “Ave Maria Olorum – A Corte da Boa Morte” é o enredo que levaremos para a Marquês de Sapucaí, em 2023, em busca do nosso tão sonhado Título!!!”, iniciou a legenda da publicação.
“De autoria dos carnavalescos Edson Pereira e Wagner Gonçalves, nosso enredo contará a história da Irmandade da Boa Morte, uma confraria religiosa afro-católica que foi por muito tempo responsável pela alforria de inúmeros escravos , tornando- se uma festa secular, que acontece há mais de 200 anos em Cachoeira, cidade histórica do Recôncavo da Bahia”, completou. (iBahia)
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