Dirigentes de hospitais consultados pela Satélite admitem, reservadamente, que já estão previstos para todo o estado cortes de 5% a 8% dos profissionais do grupo de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares – se a suspensão cair no STF sem que haja alternativa para mitigar o impacto da lei aprovada do Congresso e promulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
De mal a pior
Segundo apurou a coluna, as demissões atingirão quase todas as unidades na Bahia depois que o piso entrar em vigor. No entanto, o efeito será maior sobre aquelas com alta demanda do SUS. Basicamente, os hospitais filantrópicos, que enfrentam limitações financeiras decorrentes do teto no orçamento da saúde.
Caminho sem volta
Diferente de estados mais desenvolvidos, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde os valores pagos hoje para a área de enfermagem estão equiparados ou próximos ao piso fixado na nova lei, a realidade é outra no Nordeste, região em que a soma é bem menor.
“Mesmo que se encontrem formas de reduzir danos através de medidas como a desoneração da folha, demitir será inevitável. Na Bahia, por exemplo, há benefícios garantidos em acordos coletivos com a categoria. A conta subirá muito com o salto no salário-base. A tendência é enxugar quadros, mudar regimes de trabalho, reduzir atendimento e até contratar profissionais por meio de cooperativas para escapar do piso”, disse uma fonte que representa o segmento no estado.
Fora da curva
Entre os hospitais privados, o Mater Dei é o único que descarta categoricamente corte de pessoal por causa do piso. Em reunião recente, a diretoria da rede na Bahia definiu que, independente das negociações no STF, absorverá o aumento dos custos sem demitir colaboradores na unidade inaugurada este ano em Salvador. Expoente do mercado hospitalar nacional, o Mater Dei é conhecido pelo perfil humanista e por tratar funcionários como o patrimônio mais valioso da rede mineira.
Choque de contas
O filho do presidente da Câmara de Vereadores e candidato a vice na chapa do PT, Geraldo Júnior (MDB), tem chamado a atenção tanto pela megaestrutura montada na disputa de deputado estadual quanto pela falta de recursos declarados para bancar uma campanha desse porte. Sem repasse do fundo eleitoral informado até o momento, Matheus Ferreira (MDB) recebeu só R$ 56 mil de doações particulares, insuficiente para tamanha conta.
Piada pronta
Rendeu gozações de aliados e rivais o “trem da dança” feito pela cúpula petista no fim de semana em Barra do Choça, durante evento do candidato do partido ao governo, Jerônimo Rodrigues. Sobretudo, a coreografia tipo boneco de posto do governador Rui Costa e a falta de gás do senador Otto Alencar (PSD) para seguir o ritmo da trupe. (Correios24h)
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