Imagem: Divulgação |
De acordo com um servidor concursado da pasta federal, foi ordenado um pente fino na documentação da emissora. Entretanto, nada que desabonasse a Globo foi encontrado no procedimento. O governo não teria ficado satisfeito com o resultado e pediu um novo processo de avaliação, mas desta vez conduzido por uma equipe de cargos comissionados, nomeados pelo ministro Fábio Faria, e não de técnicos.
Esse novo documento interno e ainda não oficial apontaria para 33 problemas que, em tese, impediriam que a Globo continue com o sinal liberado pelo Estado brasileiro. Para os servidores técnicos do Ministério das Comunicações, porém, o parecer elaborado pelos quadros comissionados do governo aponta para questões genéricas e não contém nenhuma prova de que a emissora, de fato, descumpriu a legislação vigente.
Um dos exemplos que constariam no parecer, segundo um funcionário que teve acesso ao documento, é a politização da Globo. O texto daria conta de que a emissora beneficia determina partido político em detrimento de outro. Além disso, há um item também a respeito das perdas dos valores familiares, observados em exemplos de cenas de novelas. Nada disso, no entanto, é impeditivo pela lei atual.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem indicado com constância de que pode não renovar a concessão da Globo. A emissora encaminhou para o governo neste mês toda a documentação necessária e poderá continuar operando até que haja uma resposta definitiva.
Apesar do esforço bolsonarista para a emissão de um parecer desfavorável à renovação da concessão, a decisão final sobre a questão será do Congresso Nacional. Embora Bolsonaro seja maioria no legislativo, a tendência é que a Globo alcance seus objetivos, porque muitos parlamentares também possuem concessões, algumas delas afiliadas da emissora. (BN)
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