Foto: Divulgação |
Com o reajuste de preço, a Bahia tem o combustível mais caro do Brasil, aponta a Federação Única dos Petroleiros (FUP), repetindo a posição que conquistou três meses após a privatização da refinaria, no final de 2021.
"Temos mais uma demonstração incontestável do equívoco e da gravidade da política do governo Bolsonaro de privatização de refinarias da Petrobrás. A mentira de que a venda de ativos da maior empresa do país aumentaria a competitividade e, consequentemente, levaria a reduções de preços de derivados, é, mais uma vez, denunciada pela realidade", diz Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
"Ao vender a Rlam, a primeira refinaria do Brasil, a direção bolsonarista da Petrobrás estimulou a criação de monopólio privado regional, que só beneficia o proprietário da empresa. Junto com a Rlam e sua logística de dutos e terminais, o fundo árabe Mubadala comprou o mercado consumidor cativo do Nordeste, ficando livre para executar política mais conveniente para elevar lucros da empresa", completa.
Defasagem da Petrobras aumenta
Após o corte na produção de barris da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo), que restringiu a oferta ao menor patamar desde 2020, o preço do barril de petróleo disparou. Nesta segunda-feira (10), no entanto, cai 1,17%, mesmo assim segue cotado perto de cem dólares (US$ 97,22).
Com isso, a defasagem no preços dos combustíveis praticados pela Petrobras sobe a cada dia. Com dados do fechamento do mercado na última sexta (7), o diesel está atrasado em 13% e a gasolina em 10%, representando potenciais reajustes de R$ 0,75 e R$ 0,36, respectivamente. A informação consta no relatório diário da Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de Combustíveis).
"Com a ligeira alta do câmbio que continuar em um patamar acima dos R$ 5,20 e as altas, sucessivas, nos preços de referência da gasolina e os do óleo diesel no mercado internacional, nas contas da Abicom, as defasagens estão negativas e afastando-se da paridade de importação", diz a entidade.
A Petrobras tem sido pressionada pelo governo para segurar os reajustes para depois das eleições. (Brasil Econômico)
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