Foto: Reprodução/Instagram |
Mas até quantas vezes uma pessoa pode ser infectada pelo coronavírus? com o aumento de casos nos últimos dias e a nova cepa da Ômicron circulando pelo país será cada vez mais comum quadros de reinfecção pela doença. Mas não há um número ou limite especifico da quantidade.
— O que estamos aprendendo é que depende de uma série de fatores. Vulnerabilidade genética, estado de defesa imunológico, uso de máscaras em lugares fechados, estar com o ciclo de doses completo estão entre eles. Além disso, os aspectos biológicos da Ômicron também interferem — diz o geneticista Salmo Raskin, diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.
—O pior cenário dos pacientes hoje é aquele que se infectou com a cepa originária no começo da pandemia e agora se infectou com a Ômicron, porque o sistema imunológico vai produzir anticorpos relacionados à primeira infecção e não protegerá contra a nova cepa da Ômicron. Por isso é importante que o governo invista nas novas gerações de vacinas, nas bivalentes, porque elas protegem contra essas novas cepas que estão circulando pelo país — diz o geneticista.
Quanto mais infecções, pior
Um estudo publicado na revista científica Nature demonstrou que reinfecções por Covid-19 aumentam o risco de morte, hospitalização e desenvolvimento de sequelas em múltiplos sistemas de órgãos.
Entre as sequelas apontadas estão problemas pulmonares, cardiovasculares, gastrointestinais, renais, psicológicos e neurológicos, além de diabetes questões de saúde mental e desordens neurológicas. De acordo com os pesquisadores, "os riscos foram evidentes independentemente do estado vacinal".
O estudo comparou 443.588 pessoas com uma única infecção com 40.947 que tiveram reinfecções. Dos reinfectados, 37.997 tiveram duas infecções, 2.572 tiveram três infecções e 378 sofreram quatro ou mais infecções. Todos foram acompanhados durante seis meses depois da última infecção ou reinfecção.
Para aqueles que contrairam a doença apenas uma vez, a taxa de mortalidade é de 16,77 a cada 1.000 pessoas. Já para os reinfectados, a taxa saltou para 36,10 a cada 1.000 pessoas, ou seja, mais do que dobrou. No caso das hospitalizações, a taxa triplicou entre os reinfectados.
A chamada fase aguda, que compreende os 30 dias após a infeção, foi o período mais crítico, segundo o estudo. (O Globo)
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