Segundo o conselho, além de estar exercendo a medicina ilegalmente, a falsa médica carimbou e assinou um relatório que atestava ter acompanhando a transferência de uma paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), utilizando nome e CRM de uma médica devidamente inscrita no Conselho. Agora, a acusada está sendo investigada pela 13ª Delegacia Policial pelos crimes de falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.
“Graças à celeridade que conseguimos emplacar diante da denúncia, colaboramos com a polícia e com a sociedade em impedir que uma falsa médica pudesse pôr em risco toda a população, além de difamar o exercício da Medicina ao realizar, irresponsável e criminosamente, o transporte de uma paciente sem ter registro e habilitação de médica”, explica o presidente do Cremeb, Otávio Marambaia.
A suspeita do crime teve início ainda em Santo Antônio de Jesus, quando médicos da unidade de saúde onde a paciente se encontrava internada notaram algumas incoerências na conduta da falsa médica e acionaram o Cremeb. Informados sobre o hospital de destino da ambulância, uma equipe de fiscalização do Conselho solicitou a identificação profissional da investigada, que informou não possuir identidade profissional nem pessoal.
Após flagrar o exercício da profissão sem que pudesse realizar a devida averiguação do seu registro no Cremeb, como previsto por lei federal, a autarquia acionou uma guarnição da Polícia Militar, que conduziu a suspeita para a delegacia civil mais próxima, no bairro de Cajazeiras, onde a mesma foi presa em flagrante. Após a prisão, ela foi ouvida e liberada mediante o pagamento de fiança.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Roberto Dias, a investigada informou ter cursado medicina na Bolívia, mas não apresentou devida diplomação nem documentos que comprovassem que ela buscou o Revalida para regularizar a possibilidade de registro em algum conselho regional de Medicina no Brasil.
Após ter ciência da ocorrência, a empresa responsável pela contratação da mulher buscou o Cremeb e informou ter sido surpreendida com a notícia e alegou que não tinha ciência de uma profissional sem habilitação no seu quadro de funcionários e se colocando à disposição para mais esclarecimentos. O caso agora seguirá para Corregedoria do Conselho, que irá apurar os trâmites de contratação da investigada pela polícia. (Bahia Notícias)
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