Nascida e criada no axé, a Yalaxé Preta assumiu o seu posto e, com fé, respeito, responsabilidade, mantém viva a memória da fundadora do terreiro e o culto às dinvidades do panteão africano, elo simbólico de ligação entre afrodescendentes.
De personalidade forte, Mãe Preta tornou-se uma importante representante feminina no Recôncavo das religiões de matrizes africanas. Sua capacidade de liderar, dialogar, agregar e conciliar merece o reconhecimento de adeptos do candomblé da região e além das fronteiras do estado.
A religiosa é uma grande defensora da união e o fortalecimento do povo de santo, contra a opressão, intolerância religiosa e o racismo. Para ela, o povo de santo unido assegura a representatividade de todos para o enfrentamento dos resquícios das mazelas do período escravidão.
Para a Yalaxé Preta, a desunião entre o povo de santo é como se fosse uma retorno ao passado, quando os brancos donos de engenhos incitavam a discórdia entre os escravizados de etnias diferentes temendo a força de todos unidos e organizados. Como uma boa filha de Oxaguiã, a Yalaxé prega a paz.
*Alzira Costa é jornalista moradora de Cachoeira, no Recôncavo Baiano
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