“Nós tivemos 6% de inflação no ano passado, mas o governo do Estado quer repor 4%. Não consegue fazer a reposição nem da inflação”, criticou Sanches. Durante a sessão ordinária desta terça-feira (9), ele também denunciou a disparidade no aumento de salário que o governador quer oferecer a alguns cargos comissionados, de sua indicação particular ou de aliados mais próximos.
“A pergunta que eu preciso fazer e que a sociedade precisa de uma resposta é por que tantos cargos comissionados vão ter 20%, e os servidores que dão o suor e o sangue vão ter apenas 4%?”, cobrou o líder da oposição.
Alan Sanches ainda criticou a postura de parlamentares governistas diante da matéria. “Não tem uma só alma, um deputado, uma deputada que diga ‘eu apoio os 4%’. Todo mundo silencioso, são 43 deputados da base aliada, mas não tem um que venha defender o servidor”.
“É um silêncio total. Só se apresentam para dizer amém ao deputado Rosemberg Pinto [líder de governo]. Essa posição é minha, pessoal, porque eu acho estranho tantos deputados ficarem completamente sem voz num projeto tão importante que vai impactar a vida dos servidores. Fica na consciência de cada um”, emendou.
Dá com uma mão e tira com a outra
“Ao mesmo tempo que manda esse projeto de 4% o governador traz uma solicitação de que ele vai abocanhar o servidor. Deu 4% e já tira 4% no Planserv dos servidores. E o servidor que ganha mais de R$ 10 mil vai perder mais 8%”, disse Alan Sanches, ao avaliar que o reajuste salarial não terá efeito no bolso do servidor, uma vez que Jerônimo Rodrigues também vai elevar em 4% a taxa cobrada no Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv).
“Quando o servidor tem plano de saúde, precisa ser subsidiado pelo governo. É o governo que, em vez de elevar salário, dá um benefício a mais, que é o plano de saúde”, sugeriu o líder da Oposição.
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