Foto: Reprodução/TV Anhanguera |
Antônio é motorista de turismo e não tem renda fixa. Pai de quatro filhos e avô de 14 netos, o morador de Palmas é casado e tem 58 anos. Tinha apenas R$ 227 na conta e, por causa de um erro do banco, o saldo chegou a R$ 131,8 milhões.
“Apareceu tanto zero que eu assustei, fiquei até assustado! Nunca vi um dinheiro desse na minha vida e não consigo nunca na minha vida, só se ganhar na mega sena, e jogar eu não jogo. Então é difícil”, conta o motorista.
Apesar da brincadeira, a esposa também concordou que eles deveriam devolver o dinheiro.
“De imediato, ela falou também pra devolver e fui procurar o banco. Cheguei lá, o outro gerente do banco estava em outro banco e assinei o papel pra ele pegar o dinheiro de volta. À noite saiu o dinheiro da minha conta pra conta deles”, relata o motorista.
A atitude de Antônio foi pautada na honestidade. “Eu sou uma pessoa muito honesta e só quero o que é meu”.
Honestidade também é lei
Além de moralmente certo, o que o motorista fez também tem respaldo legal. Isso porque quando uma pessoa recebe um valor na conta por engano, é obrigada a devolver o dinheiro.
“Tem implicações jurídicas tanto criminalmente como na área cível, porque criminalmente nós temos no código penal a questão da apropriação indébita e civilmente você está enriquecendo ilicitamente, porque está usando um dinheiro que não é seu, que não lhe pertence. Então apesar de você ficar feliz com a situação, com a surpresa, um milagre aconteceu, utilizar desse dinheiro é crime”, destaca a advogada Paula Dângelo. (G1)
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