Foto: Ricardo Stuckert (PR) |
"Mesmo sem diploma universitário, coloquei na minha cabeça que íamos fazer uma revolução – e vamos fazer! Para cada real que a gente investe na educação, tenho certeza, voltam milhares para os cofres desse país, para ajudar a gente a cuidar do povo", disse o presidente, anunciando para o dia 12/6 (segunda-feira) o lançamento do "Compromisso Nacional Criança Alfabetizada", proposta específica para o ensino fundamental. Lula conclamou a comunidade acadêmica a participar da "revolução do bem, por um Brasil melhor".
O presidente lembrou que o país acabou de "sair de um furacão" e que precisa ser reconstruído e voltar a crescer. "Esse país vai voltar a crescer: a gente vai estabilizar a economia; fazer crescer a massa salarial; assentar as pessoas que têm que assentar, para produzir alimento; e fazer o que tiver que ser feito, para melhorar a educação". Ele reafirmou que os recursos destinados à área da Educação, assim como para a Saúde, são investimentos e não gastos.
EXCELÊNCIA – Pensada e erguida durante o seu primeiro mandato, a excelência da UFABC foi ressaltada por Lula. Neste período, no qual o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era titular da pasta da Educação, foram construídas 19 novas universidades em todo o país e mais de 400 institutos federais de educação. O feito foi essencial para a maior inclusão educacional já feita no país.
Na UFABC, o presidente lançou a pedra fundamental e participou da inauguração, em 2009. Hoje, visitou laboratórios, encontrou a comunidade escolar e celebrou o fato de a Universidade ter, atualmente, 20 mil estudantes, selecionados em um processo inclusivo para diferentes grupos.
Presente à cerimônia, Haddad argumentou que não é possível mudar um país desigual como o Brasil sem a promoção de políticas vigorosas na educação e na saúde. "Continuo como um aliado, no Ministério da Fazenda. Não mudei de lado, só mudei de prédio", acrescentou.
O ministro Camilo Santana (Educação) mencionou as iniciativas já adotadas na área, como o reajuste do repasse da merenda escolar, a revisão nos valores das bolsas e o pacto nacional para retomada das obras inacabadas, além da recomposição orçamentária. "A universidade gera oportunidades e esperança para os jovens brasileiros. O Brasil voltou a ter compromisso com educação pública, gratuita e de qualidade".
Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, também listou os avanços do Governo Federal para a educação, pesquisa e inovação. Citou, especificamente, a reativação do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia, antes ignorado pela administração federal. "Vamos ter agora R$ 10 bilhões para a ciência e a tecnologia. O Brasil voltou, a ciência voltou, viva o povo brasileiro, viva as universidades do Brasil", saudou.
VIDAS TRANSFORMADAS – O encontro desta sexta foi marcado por momentos simbólicos. Para chegar à UFABC, Lula pousou na Vila Euclides, estádio que é símbolo para o sindicalismo brasileiro e para a história pessoal do presidente. Antes de discursar para um auditório lotado, ouviu o depoimento da estudante Laury Liers – em 2009, quando a pedra fundamental da instituição foi lançada, a estudante conheceu o presidente, depois ingressou na universidade e foi beneficiária de bolsas da instituição. Hoje Laury é uma profissional bem-sucedida e agradecida.
"As políticas públicas do governo Lula foram muito importantes. A educação deu a oportunidade de eu transformar a minha vida", disse a ex-aluna da UFABC, em vídeo, e em depoimento apresentado na cerimônia. Laury fez duas graduações (Ciência e Tecnologia e em Engenharia Ambiental e Urbana) e tem mestrado em Planejamento e Gestão do Território.
O reitor da UFABC, Dácio Matheus, elencou as ações já adotadas pelo Governo Federal em 2023 para a retomada dos investimentos e o fortalecimento das universidades públicas, como a liberação de R$ 2,4 bilhões para recomposição, depois de seis anos sucessivos de cortes.
O prédio inaugurado, de 1.800 metros quadrados (m²), com 22 laboratórios e salas de aula, para Dácio, vai ampliar a capacidade de relação e cooperação da universidade com a comunidade, o setor produtivo, a inovação, a indústria e com agentes públicos e privados da região. O reitor reiterou o compromisso "com o projeto de desenvolvimento do país, com respeito à diversidade de nossa gente, dos povos originários, a sustentabilidade ambiental e sociocultural dos nossos biomas e, sobretudo, o compromisso inarredável com a democracia". (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República)
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