Adolescente mata mãe após ela reclamar que roupas curtas 'provocavam padrasto'

Foto: Reprodução 

Uma adolescente de 15 anos matou sua própria mãe a facadas após uma discussão em sua residência em Pancas, no interior do Espírito Santo, na tarde da última quinta-feira (27/07). Em seu depoimento, a jovem alegou que cometeu o crime em resposta a uma ameaça da mãe, que segurava uma faca. Ela também relatou que antes do crime, a genitora havia a repreendido por usar roupas curtas e tentando disciplinar o uso do aparelho celular.

Os policiais foram chamados ao local, onde encontraram o padrasto da adolescente em estado de choque após avistar o corpo da esposa. A perícia confirmou que a mulher tinha seis perfurações por objeto cortante no tórax e uma no rosto.

Logo após a chegada da equipe policial no local do crime, a adolescente se apresentou na delegacia, onde foi apreendida após admitir o crime. Os policiais também contataram o pai da adolescente para acompanhá-la durante o processo legal.

Motivo

No depoimento à polícia, a jovem explicou que estava em casa quando sua mãe a advertiu sobre o comprimento de suas roupas, alegando que eram provocantes e que chamavam a atenção do padrasto. Segundo a adolescente, a mãe então levantou a mão com uma faca em sua direção, “com um olhar estranho”. Sentindo-se ameaçada, ela agiu em autodefesa, tomando a faca e golpeando-a no pescoço e no peito.

A garota relatou ainda que não houve luta corporal, pois sua mãe sofria de problemas de saúde que limitavam seus movimentos. Após o ataque, a adolescente enrolou o corpo da mãe em uma coberta e o escondeu debaixo da cama, deixando também a faca do crime no local.

Ela permaneceu em casa por algumas horas, esperando a chegada do padrasto, mas como ele demorou, decidiu chamar a polícia antes de se entregar na delegacia.

A adolescente foi conduzida até à unidade policial na viatura, acompanhada pelo seu pai sem o uso de algemas. Ela foi autuada em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio e apresentada ao Ministério Público. (BNews)

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