Edgar Henrique e Tato Pereira | Foto: Boca de Forno News |
Segundo Tato, em seu direito de resposta, na última sexta-feira (11/08), isso não aconteceu. “Nós tínhamos uma pessoa que cuidava justamente da prestação de contas. Prestamos conta de tudo. Eu não quero mais falar nada desse governo mentiroso”, disse sobre a atual gestão da prefeita Eliana Gonzaga (Republicanos).
Citando exemplo das mentiras, Tato disse que a Prefeitura afirma contratar um cantor para um local e ele nunca vai a ele. “O tempo inteiro eles tentam fazer com o que seus erros sejam dos outros. Eu recebi muito pouco do transporte escolar. O Governo do Estado me deveu quatro anos de transporte escolar e eu pagava com recursos próprios sem atrasar nenhum mês. Coisa que é diferente nesse governo que já tem três meses de pagamento atrasado dos ônibus”.
Sobre o advogado Edgar Henrique, Tato disse que o “conhecia muito bem”. “Ele foi presidente da Câmara de Governador Mangabeira, fez o compromisso de me apoiar, pegou os recursos em minhas mãos e depois me passou a perna. Conheço ele muito bem. Quando o governo é ruim só traz gente ruim, desqualificada para estar junto com ele”, acusou.
Resposta do procurador
Em seu direito de resposta na Rádio Paraguassú FM 102,7, o advogado e procurador de Cachoeira, Edgar Henrique, respondeu a Tato. “Ele mesmo me procurou para pedir o meu apoio e depois disse que eu não presto. Isso é contraditório. Eu jamais pediria apoio a quem não presta. Se eu procuro contato com alguém que não presta, é porque eu também não presto. Mas não é o que aconteceu com o ex-prefeito porque ele me procurou porque eu presto e ele sabe que eu presto”.
Na ocasião, Edgar disse que tinha um programa de rádio e estava presidente da Câmara de Vereadores de Governador Mangabeira. “Ele implorava para ser entrevistado por nós tendo em vista nossa audiência. Concedeu entrevista a nós e no final disse que tinha vontade de ser candidato a deputado e se eu poderia apoia-lo. Eu respondi que tinha um compromisso político com o deputado federal Paulo Magalhães, a quem fui apresentado através da ex-prefeita de Maragogipe, Vera da Saúde. Disse também que seria Paulo que definiria quem seria meu deputado estadual e que por isso eu não poderia firmar qualquer tipo de compromisso com ele, que foi o que aconteceu”. Edgar apoiou Alan Sanches para quem, sozinho, segundo ele, conseguiu transferir 660 votos e 651 a Paulo, numa votação casada.
O procurador reafirmou que não firmou qualquer compromisso com Tato e disse que ele terá a oportunidade de provar o que disse. “Sou advogado desde 2008. Costumo dizer que o lugar de se resolver disse-me-disse, fofocas e acusações é nos tribunais e eu já ajuizei uma ação contra o ex-prefeito. Ele terá a oportunidade de provar o que ele me deu de valores, quando me deu, quanto me deu e em que conta depositou. E se ele me deu vou devolver e vim aqui dizer que recebi. Se ele não me deu vai ser julgado, condenado e vou voltar aqui para dizer que ele mentiu porque caluniou e injuriou. É assim que eu trabalho, com a verdade”, disse.
Como prova de que não estava mentindo e rebatendo o ex-prefeito que disse que não devia nada ao PETE, o procurador leu notificações e documentos que provam "que foi ele quem mentiu". Os documentos foram enviados pelo Programa de Ação de Parceria Educacional do Estado Fundeb Municipalização / Unidade de Coordenação de Prestação de Contas (CPC) afirmando o não cumprimento das obrigações relativas à prestação de contas do Programa citado, que disciplina a transferência de recursos financeiros diretamente aos municípios para articular as ações educacionais da Secretaria e o município por meio do convênio 045/2017, exercício 2019 e cobrando diversas documentações e notas fiscais. “Quem era o prefeito em 2017 e 2019? Tato Pereira. O programa cobra despesas que foram feitas sem nem apresentação de notas fiscais. Quem fala a verdade não merece castigo”.
Antonio Henrique Freire Leite, como diretor de Finanças, e Alaíde Sacramento Ferreira do CPC são as pessoas que assinam o documento, diz o advogado. “Quando a pessoa tem complexo de superioridade, ninguém presta. Só ele presta. Ele disse que o sobrinho havia sido o pior prefeito da história de Cachoeira. Depois foi Raimundo Leite e agora é Eliana. Qual a escala de pior na cabeça do ex-prefeito? Ele entende a diferença? O pior era o máximo. Se tem três piores, como é que funciona essa lógica? Que superlativo é esse? Quer dizer que o melhor era ele? No município que tem a maior defasagem salarial do Recôncavo Baiano? Os piores salários de servidores públicos são pagos aqui em Cachoeira e estamos mudando isso agora com a prefeita Eliana, que começou pagando os benefícios da educação, as licenças-prêmio que nunca tinham sido pagas. Pessoas que se aposentavam sem jamais ter recebido”, diz.
Em Cachoeira, lembra Edgar, as pessoas tinham medo de falar do gestor. “Reinava o império do medo. Hoje não existe isso em nosso município. Ele me agrediu porque o último recurso de quem não tem argumento é a violência. E foi assim que foi feito política aqui nessa cidade: na truculência, na violência, no medo, na ameaça. Ele me conheceu no rádio trabalhando pelo povo e na Câmara fazendo concurso público e moralizando Governador Mangabeira. Ele me conheceu trabalhando como advogado cuidando de quem precisa e de quem merece”.
Já Edgar disse ter conhecido o ex-prefeito como o Brasil, muitas vezes nas páginas policiais dos jornais da Bahia, Brasil e mundo. “Eu nunca fui acusado de cometer crimes. Ninguém nunca disse que tinha medo de mim ou me associou a tentativa de nada porque eu não trabalho dessa forma. Ele me agrediu porque eu disse que Cachoeira vive um novo tempo. A gestão da prefeita é perfeita? Não. Nenhuma é e jamais será. No dia que isso acontecer é porque o gestor é perfeito e perfeito só o nosso Senhor Jesus Cristo. A gestão da prefeita, mesmo com as suas imperfeições, é humana e fala sobre o seu compromisso de cuidar de Cachoeira”, ressalta.
O procurador disse ainda que Tato está acostumado a estar nos tribunais. “É só consultar seu nome no PJE e ver que ele responde a uma porrada de processos, em sua maioria como réu. Estou dizendo isso porque é uma consulta pública. Se colocar o meu nome vai aparecer o meu nome, mas como advogado, profissional, defensor. Pessoa que tem educação e respeita as pessoas e por respeitar, aprendi que quem tem vergonha não envergonha o outro. Agora, falar a verdade não é envergonhar”.
Ele finalizou dizendo que torce para que a cidade de Cachoeira tenha se desopilado desse império do medo e que merece mais quatro anos de Eliana. “E minha candidata é ela, não seria diferente. E que no futuro venham outros nomes para candidatos a prefeito que não olhe para o retrovisor porque a cidade tem homens e mulheres com competência, garra e capacidade para governar essa cidade. Errando ou acertando, o que não pode é se tornar refém de um capitão do mato que está com saudade do poder, mas não esconde o seu chicote na mão para continuar açoitando aqueles que se voltarem contra ele. Essa fase passou e não mais voltará em Cachoeira, em nome de Jesus”, concluiu. Informações do Boca de Forno News.
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