Foto: Divulgação |
O local é uma área remanescente de quilombos. O Terreiro foi criado em 1736 em São Gonçalo dos Campos e transferido para a Cidade da Cachoeira em 1912, pela africana nigeriana Mãe Judite de Xangô.
Mãe Judite teve uma importante participação na época da epidemia de cólera mórbús, ajudando a tratar centenas de pessoas na cidade utilizando os seus conhecimentos de ervas medicinais. Em razão disso, os médicos da época solicitaram a prisão da líder espiritual.
A prisão nunca aconteceu, porque não conseguiam localizar a líder espiritual dentro da vasta área do terreno que é cercada por vegetações sagradas.
Além disso, moradores de Cachoeira a protejeram em reconhecimento a cura por meio da ciência ancestral das folhas.
Celebrando o fim da epidemia, foi feita uma Procissão na mata do terreiro e oferendas sagradas em agradecimento a Obaluaê - orixá da cura e da doença.
Na oportunidade, o major, acompanhado de Leonardo Marques, Chefe de Gabinete da Prefeitura e representando a Prefeita Eliana Gonzaga e a Secretaria de Reparação do Município conversaram com o líder espiritual do terreiro, Pai Duda, dirimindo as dúvidas acerca das ameaças que os integrantes do terreiro estão sofrendo em decorrência de um conflito de terra.
Como resultado, o Comandante da unidade determinou a inclusão do Terreiro nas “Rondas da Liberdade” que consistem em visitas de policiais da 27ª CIPM. "Visando interagir e garantir a segurança das comunidades de Terreiros e quilombolas da nossa área de responsabilidade, salvaguardando assim o Patrimônio Histórico e Ancestral, fruto do legado africano que passou nas terras do Recôncavo Baiano," disse o Major.
As Rondas da Liberdade no Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganju Didê contarão também com o acompanhamento da Guarda Municipal de Cachoeira.
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