Em 1ª discussão, também foram aprovados os Projetos de Lei que declaram o Festival da Ostra (PL nº26/2023), realizado na comunidade quilombola do Kaonge, na Bacia e Vale do Iguape, e a Festa de Nossa Senhora do Bom Parto (PL nº27/2023), manifestação religiosa que já acontece há mais de cem anos na comunidade quilombola do Engenho da Cruz, ambos de autoria do vereador e Presidente da Casa Legislativa, Laelson de Roxo.
A iniciativa da Câmara Municipal, com a aprovação dos projetos dos vereadores por unanimidade, representa um avanço no movimento de reconhecimento e salvaguarda do acervo cultural de Cachoeira. “Esses projetos, agora aprovados, são de muita importância para o nosso município, que tem uma grandeza inestimável no quesito cultural, com diversas manifestações, tradições e festas populares que atravessam gerações. Com isso, reforçamos a responsabilidade do município, dos poderes públicos e de toda a sociedade na preservação da nossa maior riqueza, o nosso patrimônio”, enfatizou o presidente Laelson de Roxo.
Para o vereador José Luiz Bernardo, a aprovação dos projetos, além do reconhecimento “vai auferir a essas instituições a possibilidade de se destacar em qualquer projeto cultural promovido pela união, pelo estado ou pelo próprio município. Isso vai engrandecer ainda mais o nosso acervo”, destacou.
Reconhecimento a manifestações seculares
Entre os Projetos de Lei aprovados, boa parte dá o reconhecimento a manifestações que acontecem há mais de cem anos, como a Festa da Boa Morte, cuja Irmandade foi fundada há mais de dois séculos, a Festa de Nossa Senhora do Bom Parto, que apesar de não ser amplamente reconhecida no calendário cultural do município, é uma tradição centenária no Engenho da Cruz e a Festa de Nossa Senhora d’Ajuda, que também já foi declarada Patrimônio Cultural e Imaterial de Cachoeira em sessão do dia 21 de agosto, de autoria do vereador Laelson de Roxo.
E apesar de ainda não ter o mesmo período de existência, o Festival da Ostra da comunidade do Kaonge também desponta como uma festa popular que vem ganhando destaque até internacional, no qual as comunidades quilombolas, além de mostrarem o forte potencial na produção e cultivo de ostras, também ressalta a diversidade cultural da região e a capacidade de articulação das comunidades.
Do mesmo modo, a Associação Dalva Damiana de Freitas tem o reconhecimento merecido pelos relevantes serviços prestados à cultura cachoeirana, com o fortalecimento do samba de roda, a formação de novas gerações de sambadores e sambadeiras, além de outras iniciativas como o Terno de Reis Esperança da Paz, o Terno do Acarajé e o Samba de Roda Mirim Flor do Dia, todos idealizados pela Doutora do Samba, Dona Dalva.
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