Palhaço Futuca e Roi Rogeres |
O jornalista, multiartista e estudante Roi Rogeres Fernandes pesquisou a relação dos Povos Ciganos com o Ensino Superior, através do método autoetnográfico. O trabalho apresenta os dilemas superados por ciganos/as para acesso ao ensino superior e um panorama das políticas de ações afirmativas promovidas por Instituições de Ensino Superior (IES), voltadas a essa comunidade tradicional, instituída oficialmente em 2007. O estudo contou com a orientação de Georgina Gonçalves, profa. Dra. titular do PPGEISU.
A banca será composta pelo cigano da etnia Calón e pesquisador Dr. Aluízio de Azevedo (FIOCRUZ-RJ); profa. Dra. Claudia Nunes (UFS), cigana Calin; profa. Dra Sônia Sampaio, titular do PPGEISU/UFBA. E homenageará o primeiro professor Dr. Cigano do Brasil, Jucelho Dantas da Cruz (UEFS), um dos principais articuladores das cotas para estudantes ciganos/as na Bahia, Estado pioneiro na iniciativa. A apresentação acontecerá em formato remoto. Os interessados em acompanhar a defesa, podem enviar manifestação de interesse para o e-mail roirogeresff@gmail.com para recebimento do link, que será disponibilizado considerando a limitação de acesso à sala virtual.
PPGEISU foi o primeiro PPG da UFBA a incluir Povos Ciganos nas ações afirmativas
Em maio de 2021, o curso de Mestrado Acadêmico do PPGEISU acrescentou os povos ciganos para ingresso por meio das ações afirmativas, através de vagas supranumerárias, além de estudantes (as) negros (as), pretos (as) e pardos (as), e sobrevagas para indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e pessoas trans (transexuais, transgêneros e travestis), sendo o primeiro programa de Pós-Graduação (PPG) da UFBA com vagas específicas para ciganos/as.
De acordo com Maria Thereza Coelho, coordenadora do PPGEISU, a primeira banca defendida por estudante cigano no Programa, com membros também ciganos na banca, reflete o compromisso com a reparação social para com a comunidade, bem como demonstra que o PPG segue de portas abertas para acolher a pluridiversidade étnica, característica da população brasileira. “Recentemente aumentamos a nota do Programa junto à CAPES e aprovamos o projeto de implementação do doutorado acadêmico, o que amplia o nosso campo de atuação educacional e social. Fomos o primeiro da UFBA a tomar essa iniciativa ao acolhermos um estudante cigano, mas desejamos não ser o único. Esperamos que a iniciativa inspire outros/as estudantes das etnias ciganas a ocuparem esses espaços historicamente negados e assim fazemos cumprir também o nosso compromisso de reparação. É um momento especial para toda comunidade acadêmica”, declarou.
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