Osvaldo Rosa, professor de artes cênicas. Crédito: Redes sociais |
Segundo o amigo George Vladimir, diretor artístico e Gerente de Promoção Cultural da Fundação Gregório de Mattos, o professor passou mal no começo da manhã, e ligou para outro amigo próximo, o músico Saulo Barreto.
Ao chegar na residência, Saulo já o encontrou sem vida. Conforme informação de George, o professor foi vítima de infarto. Ele morava sozinho no bairro do Rio Vermelho, e deixou uma filha.
O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, publicou uma nota de falecimento, lamento a morte do professor.
“Osvaldo Rosa sempre foi um grande amigo e uma fonte de inspiração para mim. Professor dedicado, formou várias gerações de atrizes e atores brilhantes. Como encenador sempre fugiu de soluções fáceis, construindo espetáculos instigantes, de grande força poética. O teatro perde esse artista potente, vamos aplaudir de pé sua coragem e dedicação”, disse.
Osvaldo começou no mundo artístico ainda em Minas Gerais, e em mais de 40 anos, conseguiu colecionar prêmios no Brasil e no exterior. Ele criou o Foco Usina de Artes Cênicas, em Salvador, no ano de 1998. Com foco da educação teatral dentro das escolas, o educador levou para as crianças e adolescentes oficinas, projetos e cursos extras nas áreas de teatro.
Em 2013, Osvaldo levou o espetáculo de dança, “Coração Desolado” para o Teatro Martin Gonçalves, da Escola de Teatro da Ufba, no Canela. Um dos espetáculos mais comentados entre a classe artística. A montagem envolvia seis dançarinos em torno das divergências entre os projetos humanos e sua concretização, mas com uma identidade própria, usando corpo e arte como suporte.
Em 1982, como coreógrafo, recebeu o Prêmio de Melhor Espetáculo Infantil da Associação de Críticos de MG, pela montagem do “De Olhos Fechados”, uma produção do Grupo Galpão.
Um ano depois, com o espetáculo “Ó Procê Vê Na Ponta Do Pé”, recebeu como ator e coreografo, o prêmio de melhor espetáculo do Associação de Críticos de Minas Gerais. O reconhecimento pelo trabalho continuou a cada ano e em cada novo espetáculo.
Já na Bahia, recebeu com a montagem “Adê – Até”, de Harald Weiss, o prêmio de melhor espetáculo do troféu Bahia Aplaude de 1994, na função de diretor assistente. A premiação se repetiu em 1995, com “Prisão do Ventre”, na categoria destaque, pela concepção e estética do troféu Bahia Aplaude.
No exterior, mais precisamente em Paris, em 2003, concebeu e dirigiu “La Croisée des Chemins”, uma produção da Cie Ochossí de France.
Em 2004, quando retornou ao Brasil, foi indicado para o Prêmio BRASKEM de Teatro, na Categoria de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, com “A Maravilhosa História do Sapo Tarô”. As produções continuaram na França e na Bahia, e em 2005, o também professor Osvaldo Rosa passou a coordenar o Projeto de Teatro do Colégio Sartre COC.
Osvaldo, em 2007, recebeu indicações de melhor texto, melhor direção, melhor espetáculo e destaque pelo figurino e cenário, recebendo os prêmios de melhor texto e espetáculo infanto-juvenil, do Prêmio Braskem, com “Pedro e a Cobra de Fogo”.
Três anos depois, recebeu outra vez o Prêmio Braskem de Teatro, na categoria de Melhor Espetáculo Infantil, onde atuou como narrador e diretor de cena do espetáculo” Pássaro do Sol”, do Roda Teatro de Bonecos. (Correios24h)
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