Juliane Lima Gonçalves morreu ao cair no poço do elevador de um edifício na Pituba | Fotos: Redes Sociais |
O caso aconteceu por volta das 17h de segunda (18), logo depois que Juliane Lima Gonçalves encerrou o primeiro dia de trabalho em um apartamento do 4° andar do prédio, localizado entre as ruas Vereador Maltez Leone e Ceará.
A altura que ela caiu corresponde a cerca do 7° andar por causa dos pavimentos de garagem e porque ela caiu no poço.
1. Quem era Juliane Lima Gonçalves?
Juliane Lima Gonçalves era mãe de um menino de 11 e dedicada ao trabalho de cuidar de crianças. Ela morreu no dia do aniversário da mãe (veja aqui). Após o expediente, a vítima pretendia visitar a mãe.
O marido dela, identificado como Adailton, contou que a esposa completou 29 anos em 9 de dezembro, dia em que ganhou uma festa da família.
A doméstica também foi descrita pelo marido como uma pessoa alegre, feliz e querida por todos. Sonhadora, tinha planos para o futuro.
Adailton contou que ela tinha prestado serviços para os moradores do apartamento na Pituba em julho deste ano. Na época, trabalhou apenas dois dias porque contraiu uma virose.
2. Como o corpo dela foi encontrado?
O corpo de Juliane Gonçalves foi encontrado no poço do prédio por volta das 17h. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foram ao local, mas Juliane Lima não resistiu aos ferimentos.
O corpo da empregada doméstica foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. O marido de Juliane Lima contou que foi avisado do acidente por volta das 18h30.
Ele só soube da morte da companheira ao chegar no prédio. O corpo da doméstica foi sepultado às 17h de terça-feira (20), na cidade de São Félix, no Recôncavo Baiano.
3. Qual a linha de investigação da Polícia Civil?
A morte da doméstica foi registrada na delegacia de Pituba como acidental, mas ainda é investigada.
"O fato é que quando ela abriu a porta, o elevador não se encontrava no andar. Acreditamos, pelo que já realizamos de oitivas, que ela poderia estar utilizando o celular e não fez essa observação", afirmou Marita Souza, responsável por investigar o caso.
A delegada informou ainda que imagens de câmeras de segurança mostraram que outras pessoas usaram o elevador durante o dia e o equipamento não apresentou problemas.
O MPT informou que abriu um inquérito civil para apurar a morte. Segundo o órgão, a investigação deve reunir elementos de prova, como laudos de órgãos de fiscalização, documentos do condomínio e do empregador da vítima, além de depoimentos.
4. Quem já foi ouvido?
A idosa que contratou Juliane Gonçalves, o filho dela e o síndico do prédio já foram ouvidos.
Segundo a delegada Marita Souza, responsável pelas investigações, o síndico alega que fez constantes manutenções do elevador e que chegou a pagar para a reforma dos equipamentos. A Polícia Civil aguarda detalhes que serão passados por um engenheiro.
O responsável por fazer a perícia no local foi ouvido e a delegada aguarda o resultado do laudo para seguir as investigações.
Uma colega de trabalho de Juliane Lima disse que não viu a queda, porque fechou a porta do apartamento antes do elevador chegar no andar. O filho da senhora disse que usou o equipamento por volta das 14h30.
5. O que falta esclarecer?
A Polícia Civil não informou se teve acesso a imagens que mostram a queda da doméstica. Não foi confirmado se ela realmente estava com o celular na mão no momento que a porta do elevador abriu.
Também não se sabe o motivo do elevador não estar no andar quando a porta abriu. (g1 Bahia)
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