Foto: Reprodução |
Segundo o Informe Baiano, os bairros onde há uma atuação mais intimidadora do crime organizado são: Cosme de Farias, Engenho Velho da Federação e Nordeste de Amaralina. Há relatos diversos também na região do Subúrbio, mas as localidades não serão especificadas para preservar os entrevistados.
“Tem um bairro no Subúrbio que todos os candidatos a vereador tem pagar 10 mil reais ou 5 mil quando acontece algum evento deles. Não quero falar o nome. Mas se não pagar, cai fora. E quando acontece as obras eles ainda querem indicar pessoas para o trabalho”, disse a fonte do IB.
Outro problema é que traficantes estariam se transformando em lideranças comunitárias ou colocando ‘laranjas’. “O resultado disso é que os verdadeiros líderes estão sendo impedidos de trabalhar. Eles fecham com um candidato e ninguém mais pode entrar”, acrescenta.
O site também conversou com vereadores e deputados sobre o tema. Os políticos admitem que a situação está “insustentável”. Assim como as lideranças e os pré-candidatos sem mandato, eles também não querem ser identificados.
“Você não pode se envolver, mas tem que saber conviver. Não é fácil, é constrangedor. Se a gente sofre, imagine você as pessoas que estão ali diariamente. O governo precisa rever realmente essa situação, que não é um problema de polícia. É um problema além disso, muito mais grave. A lacuna foi deixada e as facções estão ocupando os espaços”, lamentou.
“Na minha área a relação com ‘eles’ não existe. Eles lá, a gente cá. Eles sabem que a gente faz pela comunidade e leva melhorias. Agora, realmente tem colegas que atuam em locais dominados pela facção que reclamam. Prestar queixa? Não tem como. Todo mundo sabe disso. O povo sabe, a Polícia sabe, os políticos sabem e a imprensa sabe”, finaliza um político.
A assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse ao IB que a Pasta já determinou que a Polícia Civil investigue o caso e solicita que a população denucie esse tipo de ação através do Dique Denúncia, que é o 181. (Informe Baiano)
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