Cachoeira: Vereador Paulinho Leite fala sobre a dupla filiação partidária; "teve essa má-fé de me filiar sem autorização"

Foto: Divulgação 
A reportagem do Diário da Notícia conversou com o vereador Paulo Cesar Reis Leite (Paulinho Leite), pré-candidato a reeleição em 2024, sobre a sua dupla filiação partidária no Podemos e no Partido Progressista - inclusive circulou rumores que Paulinho não iria participar da eleição desse ano por causa disso. 

"Sobre essa situação de dupla filiação, graças a Deus, já está resolvido esse mal-entendido, esse mal feito pelo presidente da pesca, seu Erivaldo do Iguape, que teve essa má-fé de me filiar sem autorização... ele até me confessou. Mas eu fiquei chateado porque jamais eu conversei com ele sobre a minha ida ao Podemos. Houve uns rumores anteriores, na semana anterior, que o pessoal falou assim: 'pode ir para o Podemos'. Mas eu não acertei nada, não assinei ficha, jamais. Por sinal, o nobre colega, marido da prefeita, Josmar, citou na segunda-feira, equivocadamente, porque ele não deveria falar aquilo, porque ninguém deve filiar ninguém sem ter um documento na mão. Não é só de boca, as coisas têm que ser documentadas, principalmente quando é através do sistema Filia-Web. Então a pessoa tem que ter a ficha eleitoral do pré-candidato. Eu fiquei muito aborrecido, mas eu deixo tranquilo os meus eleitores cachoeiranos, amigos, familiares, saiu a sentença hoje," disse.

"Seja cancelada no fulcro no artigo 23 do inciso 4 da resolução TSE número 23.596/2019 a filiação de Paulo César Reis Leite ao Podemos é cancelada e mantida a filiação ao Progressista (PP) de Cachoeira," diz trecho da decisão judicial assinada pelo juíz José Aires de Souza.

"A sentença está em minha mão, estou filiadíssimo ao PP, apto a ser pré-candidato a vereador de Cachoeira, mais uma vez," comemora.

Ainda durante a entrevista, Paulinho Leite disse os motivos que o levaram a deixar o grupo da prefeita Eliana Gonzaga e apoiar a pré-candidatura de Edson Pereira Filho para prefeito.

"Na realidade são as propostas de políticas públicas que o vereador é cobrado. O vereador é o para-choque da administração pública. O vereador é que está com o povo, o vereador é que está nas comunidades, é o vereador que ouve... Para chegar na prefeitura, chega no vereador. Para chegar na prefeita, para chegar no prefeito, chega no vereador. E o vereador, cobrando diversas políticas públicas na área de saúde, na área de educação, na área de saneamento básico, na área de estradas vicinais, na área de requalificação de escolas e outras mais, então [a administração de Eliana Gonzaga] deixou muito a desejar," revela.

Conforme Paulinho, a prefeita Eliana deixou de ouvir e dá atenção à população. "O que houve também foi muita ausência da administração, porque o povo quer também a atenção. O político, hoje, o político brasileiro, a maioria está desacreditado porque vai buscar o voto, depois da eleição some, não aparece, não dá atenção, não ouve as demandas da comunidade. Então, isso é importante a gente ouvir, é importante a gente passar. Então, para mim, esse momento eu saí da prefeita, eu não tenho nada contra ela, mas não deu mais para mim, porque eu não tinha mais condições de defendê-la, não tinha mais condições de cobrar as coisas, porque o tempo todo cobrando, quem me acompanha na Câmara de Vereadores sabe, era o tempo todo cobrando para a comunidade, para o povo, para o nosso povo cachoeirano. Então, chegou um tempo que a gente se desgasta e terminou não dando mais certo," pontua.

Paulino Leite revela que antes dele deixar o grupo da prefeita Eliana Gonzaga conversou com ela e com a vice, Cristina Soares, informando sobre seu afastamento e que a sua filiação ao Podemos, sem sua autorização, aconteceu após essa reunião.

"Eu tive a decência de antes de me desfiliar do PSB ir à residência da vice-prefeita em Capoeiruçu em uma reunião que estava acontecendo, justamente no último dia, dia 5 - último dia da filiação dos partidos dos pré-candidatos - e tive a decência de chegar até a prefeita, até a vice-prefeita, e dar uma satisfação, que eu acho que eu fui criado desse jeito, eu poderia me filiar ao PP e nem dar satisfação, mas eu tive essa decência de ir lá conversar, que a partir daquele momento não participaria mais do grupo, e que não tenho nada contra ela, nem contra a vice... que apenas escolhi acompanhar, neste momento, o outro grupo, que é o grupo de Edson Pereira Filho. Depois de 17h30, mais ou menos, deram entrada e me botaram no Podemos," declarou.

O espaço está aberto para todos os nomes citados na matéria se posicionarem caso achem necessário. Informações do repórter Adriano Rivera do  Diário da Notícia.

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