Os recém-nascidos teriam recebido as medicações ainda nas primeiras seis horas de vida, tendo que ser, logo em seguida, levados a UTI neonatal por apresentarem problemas respiratórios e convulsões. Segundo as investigações, isso só acontecia nos plantões de Vanessa.
O hospital recorreu à polícia após notarem sucessivos casos em que bebês nasciam saudáveis e, horas depois, apresentavam os mesmos sintomas: moleza, desmaio e necessitavam, inclusive, da ajuda de respirador artificial. A técnica de enfermagem foi presa em flagrante após a polícia encontrar uma seringa com substância na pochete dela. O uso de morfina foi confirmado após um laudo pericial solicitado pelo Ministério Público. Vanessa ficou em prisão preventiva por quase um ano.
Durante o interrogatório, Vanessa confessou ter dado remédios aos recém-nascidos, sem afirmar qual era a medicação e quantas foram as vítimas. Ela relatou que as substâncias eram ministradas em uma seringa na boca dos bebês e que, na época, não tinha conhecimento do transtorno mental que a acomete.
— Não conseguia parar de fazer mesmo sabendo que era errado. O que lembro é que nunca virei as costas para nenhuma delas (referindo que auxiliou no socorro) — disse Vanessa.
Uma das testemunhas utilizadas pela defesa de Vanessa foi o psiquiatra forense Silvio Antônio Erne, contratado como assistente técnico. O psiquiatra garantiu que a ré possui um transtorno de personalidade do tipo impulsivo e instável, com dificuldade de conter impulsos. (G1)
Siga-nos no Google News, Facebook e Instagram. Participe dos nossos grupos no WhatsApp ou do nosso canal