Escritora feirense estreia em espaço principal da Flica 2024

Foto: Divulgação 
A escritora feirense Mariana Rozario, também poeta e advogada, é atração confirmada da 12ª Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica. Rozario, que é filha de pai cachoeirano e mãe são-felista, participa como escritora pela primeira vez em uma mesa literária da Tenda Paraguaçu, maior espaço do evento. Sob curadoria da premiada escritora e pesquisadora Calila das Mercês, abriga os principais debates literários e recebe, em 2024, grandes nomes como Zezé Motta, Liniker, Itamar Vieira Junior, Elisa Lucinda e Jeferson Tenório. Mariana Rozario integra a mesa temática “Palavras de onde venho: Leituras, Inspirações, Escritos e Invenções”, que acontece nesta sexta-feira (18), às 15h, na orla da cidade, com acesso gratuito.

Nesta mesa, que tem o jornalista Felipe Oliveira (Rede Bahia) como anfitrião (mediador), estará presente o escritor, professor e pesquisador carioca Jeferson Tenório. Radicado em Porto Alegre, foi vencedor da 63ª Edição do Prêmio Jabuti – mais tradicional premiação da literatura brasileira – na categoria de Melhor Romance Literário, pela obra “O Avesso da Pele” (Companhia das Letras, 2021). O bate-papo conta, ainda, com a presença do escritor e poeta baiano Marcus Vinícius Rodrigues, também professor e ocupante da cadeira 28 na Academia de Letras da Bahia – ALB, que ganhou o Prêmio Nacional da entidade, em 2016, pela coletânea de contos “A Eternidade da Maçã” (Editora 7 Letras).

Para Mariana Rozario, presente na Flica como leitora e ainda aspirante a poeta, desde a sua primeira edição, em 2011, participar do evento, agora como escritora e ao lado de um grande nome da literatura brasileira contemporânea como Jeferson Tenório, é uma honra. “É uma alegria poder retornar à Flica, desta vez como escritora, para continuar o diálogo com uma festa tão importante pra minha literatura e uma ótima oportunidade de entrar em contato direto com o público. Fazer isso ao lado de Jeferson Tenório é a realização de um sonho, só que melhor do que eu poderia imaginar, principalmente por ser em Cachoeira”, afirma a feirense.

Embora Rozario seja natural de Feira de Santana, seu pai e toda família paterna são de Cachoeira e sua mãe e demais familiares, de São Félix – o que contribuiu para que crescesse entre o Recôncavo e o Sertão da Bahia. A relação com as duas cidades também se reflete em sua literatura, sobretudo na sua mais recente obra, “Pequeno acervo de desmemórias”, lançada em agosto deste ano, através do Grupo Editorial Caravana.

Nesta prosa poética, Mariana Rozario considera o tempo como fator decisivo para reconstrução ou esquecimento de nossas memórias, na medida em que transita de forma cativante e quase magnética pelas lembranças que tem da cidade histórica de Cachoeira, de seus familiares e antepassados, tratando até mesmo sobre a influência que o tempo e a memória podem ter sobre a construção de um relacionamento. Com passagens e questionamentos que, a priori, parecem sutis, a autora nos faz refletir sobre os efeitos do racismo, machismo e da própria colonização do Brasil na sociedade. Segundo Nina Maria, poeta e curadora da revista digital “Ruído Manifesto”, que assina a apresentação da obra, este livro “é um convite para lembrar que a poesia e a memória por vezes não são desejadas, mas fazem parte de quem somos”.

Durante toda a Flica, que acontece entre os dias 17 e 20 de outubro em Cachoeira, “Pequeno acervo de desmemórias” estará à venda na livraria oficial do evento, LDM. O livro também pode ser adquirido, a qualquer tempo, no site da editora Caravana.

Instagram: @mariana.rozario

• Livros para vendas e download gratuito aqui.

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